terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Suspeita sobre políticos subornados reforça nova CPI


Lideranças de oposição no Congresso dizem que, diferentemente do que ocorreu com as cinco CPIs que tiveram a Petrobras como alvo nos últimos 25 anos, uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito no ano que vem poderá apresentar resultados mais concretos desta vez.

Os oposicionistas afirmam que dão fôlego a uma nova CPI o envolvimento de parlamentares com o esquema de corrupção na estatal e até a decisão da cidade de Providence, capital do estado norte-americano de Rhode Island, de ter incluído em uma das ações contra a companhia a presidente Dilma Rousseff, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo neste sábado, 27.

Além de Dilma, 11 autoridades e empresários são arroladas como “pessoas de interesse” da ação. Entre elas, o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, o empresário Jorge Gerdau e o executivo Fábio Barbosa, presidente do Grupo Abril, todos eles ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobras.

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que, ao contrário das investigações anteriores, não há como a base do governo tentar “acobertar” os desmandos da estatal.

“Isso caiu por terra porque a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal começaram a agir e atropelaram a base do governo em relação a essas denúncias”, disse.

Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), não há como a base aliada votar contra “evidências contundentes” de irregularidades contra a estatal. Ele considerou como um “fato inédito” o fato de um caso de corrupção no Brasil ser objeto de um pedido de abertura de processo nos EUA contra uma empresa estatal brasileira.


A situação da oposição, porém, não está confortável diante das denúncias da Operação Lava Jato. O ex-diretor Paulo Roberto Costa, por exemplo, afirmou em um dos depoimentos da delação premiada que Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB e ex-senador que morreu em março deste ano, recebeu R$ 10 milhões de uma empreiteira do esquema para que os tucanos ajudassem a esvaziar a CPI da Petrobras que funcionou no Congresso no ano de 2009.

A direção do PSDB nega que o partido tenha colaborado para enterrar a apuração.

Dissonante
Autor de três pedidos de CPI da Petrobras, o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), acredita, diferentemente de seus colegas, que uma nova CPI pode não ser tão eficaz no momento.

Segundo ele, o melhor para o Congresso seria propor a criação de uma CPI do BNDES, na qual poderiam ser investigados empréstimos do banco a empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato.

“Temos que alargar o foco e até para achar outros vínculos”, disse o senador tucano, ressalvando que essa é uma posição pessoal e não da bancada, que ainda não se reuniu para discutir o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Via Blog do Gilberto Dias

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