Sidney Silva
Com poucas chuvas, nível de água no Itans em Caicó, chega a 12,31% da capacidade do reservatório.
Um terceiro ano de seca. É como considera a meteorologia o ano de 2014. Apurando o acumulado do período chuvoso deste ano, as chuvas foram 35% abaixo da normalidade. É o que informa Gilmar Bistrot, meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn). “Mesmo que alguns municípios tenham apresentado regularidade, mas quando analisamos o Estado todo, temos um terceiro ano consecutivo. É um quadro de seca bastante expressivo”, afirma.
A média dentro da normalidade histórica para o período de janeiro a agosto, segundo ele, é um acumulado de 700 mm, considerando todo o Estado. De acordo com o apurado de 2014, as precipitações ficaram em torno de 450 mm. Uma situação um pouco melhor em relação aos últimos dois anos, mas insuficiente para considerar regular, segundo ele. De acordo com meteorologista, no ano de 2013 o acumulado foi de 400 mm, sendo 42% abaixo da normalidade e o quadro de 2012 foi o mais crítico, sendo abaixo dos 400 mm.
A falta de chuvas regulares tem trazido consequências graves para a população do Rio Grande do Norte. Cinco cidades continuam em colapso de abastecimento e 111 estão em situação de emergência – com abastecimento por carros-pipa. A maioria dos 46 reservatórios, monitorados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), não conseguiram recuperar seu aporte de água. Mais da metade dos açudes está com o nível abaixo dos 20% da capacidade total.
Reservatórios importantes como o Gargalheiras, Itans e o açude de Pau dos Ferros estão em situação crítica. O açude de Gargalheiras, localizado no município de Acari, está com 7,26% de sua capacidade, conforme última medição da Semarh, em 15 de agosto. A barragem do Itans, em Caicó, se encontra hoje com 12,31% do volume capaz. E o de Pau dos Ferros com 6,83%. Os dois últimos com medições em 29 de agosto.
A produção agrícola potiguar também foi prejudicada, sentida principalmente no Agreste potiguar. De acordo com o relatório Safra de Grãos, publicado pela superintendência da Companhia de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Conab) no final do primeiro semestre, as chuvas esparsas não conseguiram recuperar plenamente a produção de grãos. A safra está estimada em 53.386 toneladas – um incremento de 308,8% se comparada à do ano passado, mas ainda 49,8% abaixo do registrado em 2011, último ano de boa colheita.
A esperança é um bom inverno em 2015. Mas, ainda não há previsões meteorológicas com dados precisos. O risco do fenômeno El Niño está sob observação. A ocorrência dele seria uma “catástrofe” para o abastecimento de água no Estado. “A gente não tem nenhuma posição nem preliminar, nem definitiva sobre o inverno de 2015. Até porque as informações para prognóstico não estão maduras”, justifica Bistrot. “Temos que ver o pico de máximo e mínimo de temperatura dos oceanos pacíficos e atlântico. Em setembro que dá para começar a fazer avaliação de 2015”.
Para os próximos três meses, não há perspectiva de chuvas relevantes, no RN. “Há uma previsão de chuvas na primeira quinzena de setembro, na faixa litoral, e interior do Estado. Mas, não garantem a mudança no cenário”, coloca Gilmar Bristot.
Nestas próximas semanas há previsão da renovação do decreto de emergência do Estado, por causa da seca. Segundo Coronel Josenildo Acioli, coordenador da Defesa Civil do RN, a documentação está sendo organizada para que se possa entrar com o novo pedido.
A falta de chuvas regulares tem trazido consequências graves para a população do Rio Grande do Norte. Cinco cidades continuam em colapso de abastecimento e 111 estão em situação de emergência – com abastecimento por carros-pipa. A maioria dos 46 reservatórios, monitorados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), não conseguiram recuperar seu aporte de água. Mais da metade dos açudes está com o nível abaixo dos 20% da capacidade total.
Reservatórios importantes como o Gargalheiras, Itans e o açude de Pau dos Ferros estão em situação crítica. O açude de Gargalheiras, localizado no município de Acari, está com 7,26% de sua capacidade, conforme última medição da Semarh, em 15 de agosto. A barragem do Itans, em Caicó, se encontra hoje com 12,31% do volume capaz. E o de Pau dos Ferros com 6,83%. Os dois últimos com medições em 29 de agosto.
A produção agrícola potiguar também foi prejudicada, sentida principalmente no Agreste potiguar. De acordo com o relatório Safra de Grãos, publicado pela superintendência da Companhia de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Conab) no final do primeiro semestre, as chuvas esparsas não conseguiram recuperar plenamente a produção de grãos. A safra está estimada em 53.386 toneladas – um incremento de 308,8% se comparada à do ano passado, mas ainda 49,8% abaixo do registrado em 2011, último ano de boa colheita.
A esperança é um bom inverno em 2015. Mas, ainda não há previsões meteorológicas com dados precisos. O risco do fenômeno El Niño está sob observação. A ocorrência dele seria uma “catástrofe” para o abastecimento de água no Estado. “A gente não tem nenhuma posição nem preliminar, nem definitiva sobre o inverno de 2015. Até porque as informações para prognóstico não estão maduras”, justifica Bistrot. “Temos que ver o pico de máximo e mínimo de temperatura dos oceanos pacíficos e atlântico. Em setembro que dá para começar a fazer avaliação de 2015”.
Para os próximos três meses, não há perspectiva de chuvas relevantes, no RN. “Há uma previsão de chuvas na primeira quinzena de setembro, na faixa litoral, e interior do Estado. Mas, não garantem a mudança no cenário”, coloca Gilmar Bristot.
Nestas próximas semanas há previsão da renovação do decreto de emergência do Estado, por causa da seca. Segundo Coronel Josenildo Acioli, coordenador da Defesa Civil do RN, a documentação está sendo organizada para que se possa entrar com o novo pedido.
Da Tribuna do Norte / Via Blog Comunicador Efectivo
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