sábado, 27 de setembro de 2014

RN registra 2.818 casos da dengue

Mapa de Vulnerabilidade para ocorrência de epidemia de dengue no Estado em 2014 aponta 47 municípios com incidência alta da doença e 36 com incidencia média – Foto Assessoria Setur 
Mapa de Vulnerabilidade para ocorrência de epidemia de dengue no Estado em 2014 aponta 47 municípios com incidência alta da doença e 36 com incidencia média – Foto Assessoria Setur

Os dados da situação da dengue no Rio Grande do Norte em 2014 foram divulgados ontem, 26, pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP). As informações se referem ao período de 1º de janeiro a 6 de setembro.

O Mapa de Vulnerabilidade para ocorrência de epidemia de dengue no Estado em 2014 aponta 47 municípios com incidência alta da doença e 36 com incidência média. Até o dia 6 de setembro foram confirmados 2.818 casos da doença, com 16 óbitos confirmados como decorrência da dengue grave. Entre os municípios com maior número de casos notificados estão Natal, Caicó, Parelhas, Parnamirim e Mossoró. No ano de 2013 foram confirmados 26 óbitos por dengue, um aumento de 30% em relação ao ano de 2012.

“É muito importante que os municípios notifiquem e investiguem os casos suspeitos de dengue”, alerta Sílvia Dinara Pereira, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue. Ela lembra que o número de óbitos causados pela doença vem aumentando e estudos apontam que o protocolo de manejo clínico da dengue, recomendado pelo Ministério da Saúde, não vem sendo seguido corretamente. “A doença começa com sintomas simples, mas pode evoluir rapidamente para a forma mais grave”.

A ausência da investigação dos sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômito persistente e sangramentos importantes), a hidratação inadequada (que deve ser feita desde o primeiro atendimento) e a liberação dos pacientes sem atender aos critérios de alta médica recomendados pelo Ministério da Saúde são indícios apontados pelo próprio Ministério como fatores para o aumento das taxas de óbitos por dengue.

A Sesap atua na assessoria, capacitação, supervisão técnica e distribuição de larvicida para todos os municípios do Estado. A prevenção deve ser constante, seguindo os já conhecidos cuidados básicos: não jogar lixo em terrenos baldios, evitar recipientes que acumulem água e limpar periodicamente as caixas d’água, deixando-as tampadas.

SINTOMAS
Aos primeiros sinais de febre e dores no corpo, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima e informar ao médico todos os sintomas e, principalmente, evitar a automedicação para não mascarar os primeiros sinais da doença.

TRANSMISSÃO

A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aedes aegypti e Aedes albopictus), que picam tanto durante o dia como à noite. Os transmissores, principalmente o Aedes aegypti, se reproduzem dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas, etc.). A transmissão pelo Aedes albopictus não é comum porque o mosquito não costuma frequentar o domicílio como o Aedes aegypti.

O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. O mosquito costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa.

O Aedes aegypti se caracteriza por ser um inseto de comportamento estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas.

 Em média, cada Aedes aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, já que copula com o macho uma única vez, armazenando os espermatozóides em suas espermatecas (reservatórios presentes dentro do aparelho reprodutor). Uma vez com o vírus da dengue, a fêmea se torna vetor permanente da doença e calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas crias já nascerem também infectadas.

Do jornal Gazeta do Oeste / Via Blog Comunicador Efectivo

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