Lisboa (Portugal)
Enfim, La Decima. Quando o zagueiro Fernando Hierro levantou a taça da Liga dos Campeões em 2001-02, a expectativa em Madri era que o ato se repetisse algumas vezes nas temporadas seguintes. Mas o maior vencedor da competição só voltaria a conquistar a Europa neste sábado, 12 anos depois. Pelas mãos do goleiro Iker Casillas, o Real Madrid finalmente volta a erguer a “orelhuda”, a taça mais cobiçada do continente.
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Trabalhando a bola no meio-campo, o Real Madrid manteve o jogo sob seu controle nas primeiras movimentações, mas não conseguiu invadir a defesa rival para criar reais oportunidades. O principal destaque até então era Di María, que pela esquerda era o único a se infiltrar para armar jogadas, mas o responsável pela primeira chance foi Gareth Bale. Ignorando as opções de passe, o galês puxou contragolpe pelo meio para invadir a área e bater com perigo à esquerda do gol de Courtois.
O grito de gol, porém, saiu apenas aos 35 minutos. Gabi cobrou escanteio na área e a defesa do Real afastou parcialmente. Mas Godín subiu mais que a marcação no rebote para desviar de cabeça e encobrir Casillas, que errou ao sair do gol. A cabeça que deu ao Atlético de Madrid o Campeonato Espanhol colocou os colchoneros à frente na decisão da Liga dos Campeões.
Após o gol, a final ficou ainda mais com a cara do Atleti, que passou a jogar mais no campo ofensivo. Liderados por Gabi, os colchoneros subiram de produção para apertar ainda mais a marcação. A resposta do Real Madrid viria apenas na etapa final.
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O jogo ficou truncado após o intervalo, com várias faltas no campo ofensivo do Atleti, que aproveitava a vantagem para esfriar o duelo. Ocupando o território inimigo, os colchoneros criaram boa chance aos cinco minutos da etapa final, quando Koke roubou bola de Carvajal e cruzou para Raúl García bater de primeira sobre o gol.
Na sequência, Cristiano Ronaldo enfim apareceu no jogo. Após boa jogada pelo meio, Di María cavou falta para o português cobrar. Contando com desvio na barreira, o camisa 7 merengue obrigou Courtois a espalmar para escanteio. Em seguida, Cristiano ainda apareceu para cabecear, mas bola se perdeu pela linha de fundo.
Se lançando ao ataque, o Real Madrid deixou espaços para contragolpes, principalmente após as entradas de Isco e Marcelo. Sem Khedira na contenção adversária, David Villa e Gabi aproveitaram para acelerar pela direita e tentar cruzamentos, mas a zaga merengue conseguiu cortar.
Com o passar dos minutos, o Real Madrid passou a abafar o rival no campo de ataque. Primeiro Isco apareceu livre na entrada da área para bater à esquerda, depois foi a vez de Bale escapar pela direita e ganhar de Godín na velocidade, mas o galês chutou o chão ao invadir a área. A partir daí, a bola passou a cruzar a área colchonera com frequência e os zagueiros apareceram bem para impedir o empate.
Godín se jogou à frente de Di María para impedir o chute e na sequência Miranda repetiu o feito ao impedir cabeceio de Marcelo. Após cruzamento de Modric, a bola passou por toda a extensão da pequena área antes de Bale tentar o cruzamento e Courtois subir para ficar com a bola.
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Após longos minutos sitiado em seu próprio campo, o Atleti saiu de trás aos 45 minutos, quando Gabi e Villa tocaram bola no campo de ataque até o atacante ser derrubado na entrada da área, mas a cobrança não levou perigo ao gol de Casillas. Nos acréscimos, porém, o intenso ritmo merengue deu resultado: após cruzamento da direita, Sergio Ramos aproveitou falha da marcação para subir sozinho e cabecear no canto esquerdo.
O empate aos 48 minutos do segundo tempo premiou a melhor equipe da segunda etapa e garantiu à partida mais 30 minutos de emoção. Na primeira etapa da prorrogação o Real mostrou menos desgaste físico e passou a segurar a bola na frente, mas a exemplo do que aconteceu no início do jogo levou pouco perigo. A oportunidade principal foi em cabeceio de Varane, mas Courtois fez a defesa.
Nos 15 minutos finais, o jogo menos criativo, mas mais emocionante. Modric bateu para fora da entrada da área e o Atlético respondeu em tentativa de Godín em bola aérea, mas nenhuma das jogadas representou perigo real. Aos quatro minutos, o lance fatal começou nos pés de Di María: o argentino escapou em velocidade pela esquerda para ganhar do cansado Juanfran e chutar cruzado. A bola bateu em Courtois e subiu para Gareth Bale cabecear com gol aberto e entrar de vez para a história merengue.
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Depois, Tiago ainda teve chance na área do Real em saída errada de Casillas, mas no geral faltou ao Atlético a força física que tanto impressionou durante a bela temporada. Encontrando a defesa rival cansada e completamente aberta, o brasileiro Marcelo avançou pelo meio e bateu para fazer o terceiro.
Pouco depois, ainda deu tempo de Godín derrubar Cristiano Ronaldo dentro da área e o árbitro marcar pênalti. Mesmo apagado no jogo, o português converteu com tranquilidade para marcar seu 17º gol nesta Liga dos Campeões e ampliar seu recorde como maior artilheiro de uma única edição. E a sofrida vitória merengue virou goleada, a cereja do bolo da conquista de La Decima.
Gazeta Esportiva.net
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