terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Extermínio: A potiguar que ignorou os alertas da ONU sobre a crise ianomâmi.

Dentista ocupava o cargo desde julho de 2022, quando assumiu  a direção do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde por indicação do deputado federal João Maia.

Por William Robson

A política (ou a sua falta) indígena do ex-presidente Jair Bolsonaro também era um projeto. Suas intencionalidades visavam o extermínio de uma etnia a fim de atender a interesses econômicos dos mais nefastos. O garimpo em área pertencente a estes povos jamais deveria ser permitido e, sob Bolsonaro, criminosos passaram a boiada e assassinaram de forma cruel.

As imagens dos ianomâmis desnutridos, esquálidos, percorreram o mundo. É inacreditável conceber que um governo pudesse abrigar tamanha insensibilidade a ponto de buscar meios deliberados de exterminar seu povo. E o pior de tudo isso: havia conterrâneos, uma potiguar na linha de frente, formalmente designada para cuidar dos indígenas.

O jornalista Bruno Barreto detalhou o currículo da dentista Midya Hemilly Gurgel de Souza Targino, de 27 anos. Ela é ex-mulher de um sobrinho da prefeita de Messias Targino, Shirley Targino (PL), esposa do deputado federal João Maia (PL).

Midya ocupava o cargo desde julho de 2022, quando assumiu  a direção do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Sua atribuição era bem específica e definida: cuidar do bem-estar dos indígenas.

A dentista, assim, já entrou no radar da ONU, que fez diversos alertas ao Governo Bolsonaro sobre a crise dos ianomâmis. Alertas estes que permearam os quatro anos de governo. No mês anterior à sua nomeação, um representante do órgão participou da celebração do 30º aniversário da demarcação do território ianomami. “Recebeu testemunho direto sobre a contaminação por mercúrio, a disseminação da malária e o agravamento da desnutrição causada pelas atividades comerciais. O caso foi levado para o Governo brasileiro”, comentou o jornalista Jamil Chade, do Uol.

Nada foi feito depois daí. Pelo contrário, no período em que Midya esteve à frente do departamento, a Polícia Federal descobriu esquema de desvio de medicamentos que deveriam ser enviados para a aldeia. Enquanto isso, as crianças ianomâmis já estavam morrendo e  o povo pedindo socorro, que só chegou quando o presidente Lula esteve na semana passada para testemunhar o genocídio que Bolsonaro e os seus estavam promovendo em alta escala.

Via Jornal Folha Regional

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ATENÇÃO !!!

Prezado Amigo Web-Leitor, não publicarei comentários anônimos e, também, não aceito nenhum tipo de ofensas morais que possam vir a denigrir a imagem de alguém e não me responsabilizo por comentários que alguém possa vir fazer.
Pois, antes de fazer o seu comentário, se identifique e se responsabilize.

Desde já fico grato !!!

Cordiais saudações,

CLAUDISMAR DANTAS -
(Editor - Blog PATU EM FOCO).