sexta-feira, 27 de junho de 2014

Goleiro Bruno está impedido de acompanhar os jogos da Copa

Defesa do goleiro fará novo pedido à Justiça para que ele volte a jogar.


Penitenciária de Francisco Sá onde Bruno cumpre pena (Foto: Valdivan Veloso/Globoesporte.com)
Os advogados do goleiro Bruno Fernandes tiveram nesta quinta-feira,26, na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, o primeiro contato com o jogador depois da sua transferência de Contagem para o Norte de Minas. Eles afirmaram que Bruno está se alimentando bem, mas não está acompanhando os jogos da Copa do Mundo, uma vez que no local ele não tem acesso à televisão ou rádio. Como já haviam afirmando antes, os advogados voltaram a dizer que Bruno ainda sonha em jogar a Copa de 2018.

A defesa composta pelos advogados Francisco Simim, Wallace Simin e Tiago Lenoir pretende entrar com um novo pedido para que o jogador tenha direito ao trabalho externo ainda este ano, mesmo cumprindo a pena em regime fechado. O último no início deste mês foi negado, sob alegação de falta de segurança para o cumprimento.

- Não estamos pedindo um favor. Nos baseamos na lei para a requisição deste direito, assim como foi concedido ao ex-senador José Dirceu. Basta o juiz ser legalista. A Lei prevê esta condição - afirma o advogado Francisco Simin. 

Os advogados do goleiro fizeram a primeira visita ao cliente nesta quinta-feira (26) depois de sua de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais. O encontro durou cerca de 40 minutos.

Ville MocelliN (de costas) presidente do Montes Claros FC 

não teve contato com Bruno (Foto: Valdivan Veloso/globoesporte.com)

Ville Mocellin, presidente do Montes Claros FC, time com quem Bruno assinou contrato, também esteve na portaria da Penitenciária e diz estar disposto a levar o time para treinar em Francisco Sá, para facilitar o acesso de Bruno, assim que conseguir autorização.

- Faremos o possível para que o jogador se recupere fisicamente e socialmente - afirma Mocelin que não teve acesso ao interior da Penitenciária.

Ainda de acordo com o advogado de defesa, a esposa de Bruno, Ingrid Calheiros, está ainda no Rio de Janeiro onde cumpre agenda de trabalho, mas deve se mudar para a Montes Claros, que fica a 55 km de Francisco Sá, na próxima semana. Ingrid já possui um imóvel alugado na cidade e o advogado acredita que ela poderá exercer a profissão de dentista. Os advogados de defesa informaram também que farão um novo pedido de exame de DNA, visto que o goleiro nunca colheu material para comprovar a paternidade de Bruninho, filho de Eliza Samudio.

Entenda o caso 

Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.

Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.


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