Alemão Schürrle comemora o gol marcado contra a Argélia, no primeiro tempo da prorrogação no Beira-Rio Jamie Squire/Getty Images
A Argélia tentou – teve ótimas chances, abusou dos contra-ataques, viu o goleiro M'Bolhi conseguir impressionantes defesas. Mas a Alemanha parece gostar de clichês. Foi metódica. Mostrou que a camisa pesa. Não tomou, fez – e só na prorrogação. E assim está nas quartas de final da Copa do Mundo, entre as oito melhores seleções: como faz desde 1954. No Beira-Rio, em Porto Alegre, vitória sobre os africanos por 2 a 1, gol de letra de Schürrle no primeiro minuto do tempo extra, e de Özil no último, e clássico contra a França por vir.
Não houve o fim da maldição nem a vingança argelina por 1982, quando os africanos venceram os alemães, mas foram eliminados após os europeus realizarem "jogo de compadres" com a Áustria.
Houve a continuidade de uma tradição. Quem prefere ver as seleções grandes indo longe em Copas está feliz. Quem prefere as "zebras" ficou no quase neste confronto. O Maracanã, na próxima sexta-feira, verá um duelo europeu.
Fases do jogo: O primeiro tempo foi de sufoco. Não, não para os argelinos, como muitos previam. Para os alemães. A Argélia encontrou um jeito de neutralizar o toque de bola em velocidade da Alemanha, tão característicos e que encontrou os torcedores durante a primeira fase, e apostou nos contra-ataques. Que só não deram certo por dois motivos: o erro no último toque, fosse o passe, fosse a finalização, e porque Slimani, o matador argelino, estava centímetros impedido quando conseguiu colocar a bola na rede de cabeça.
A segunda etapa continuou a ver a mesma tática argelina dando certo, mas com o crescimento alemão. M'Bolhi, o goleiro da Argélia, cresceu no jogo - e na frente de Müller, Lahm e cia., que pararam nas mãos do arqueiro em defesas espetaculares. Por isso, o 0 a 0 prosseguiu, e a prorrogação foi o destino. Em um minuto, o drama argelino: Schürrle completou cruzamento rasteiro de letra, na única bola que M'Bolhi não pôde alcançar. Não adiantou a pressão argelina nos outros 29 minutos. A Alemanha avançou, com gol de Özil no finalzinho para garantir. Djabou conseguiu diminuir nos acréscimos, mas não deu.
Fonte: Uol / Via Blog Comunicador Efectivo
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