Qual a culpa Costa Rica e Grécia têm se Itália, Inglaterra e Costa do Marfim foram incapazes de eliminá-los? Nenhuma, além do melhor futebol jogado por suas equipes. Foi assim que surgiu o mais alternativo jogo das oitavas de final da Copa o Mundo 2014, e foi com o espírito com que conseguiram suas vagas que as duas seleções entraram em campo na Arena Pernambuco neste domingo. Melhor para a Costa Rica, que ousou mais, tentou mais o ataque e foi recompensada com a vaga inédita nas quartas de final da Copa: 5 a 3 nos pênaltis sobre os gregos, após 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. Vitória apenas nos pênaltis, sim, mas para quem mostrou o futebol mais curioso da Copa até aqui: ninguém esperava nada deles no “Grupo da Morte”, e agora já alcançam sua melhor participação em Copas. Será que algo é impossível para os “Ticos”?
Eles tentarão descobrir contra a Holanda, atual vice-campeã do mundo, no próximo sábado em Salvador. Itália e Inglaterra, campeãs do mundo, já sofreram com o time da América Central – será que um time três vezes vice também sofrerá? Até lá, segue o conto de fadas costarriquenho. Para a Grécia, fica a lição de que, às vezes, é preciso sair para o ataque. Quando conseguirem, talvez repitam a bela história construída pela Costa Rica, que está ente as oito melhores seleções do mundo no momento.
Fases do jogo: Nem Costa Rica, que conseguiu superar o antes chamado “Grupo da Morte”, nem a Grécia, que conseguiu sua vaga do jeito mais emocionante entre todas as 16 seleções que avançaram, iriam se expôr no jogo mais importante da história de ambas as seleções. Por isso, o primeiro tempo de jogo foi enfadonho, com poucas chances de perigo – a melhor veio com a Grécia, em cabeçada de Salpingidis que terminou em impressionante defesa de Navas, com a perna esquerda.
Só que tudo mudou logo aos seis minutos da segunda etapa, quando a Costa Rica trocou passes, mostrando a mesma categoria da primeira fase, até achar o capitão Bryan Ruiz, o autor do gol do triunfo sobre a Itália, livre na meia-lua. De perna esquerda, ele colocou a bola de mansinho no canto esquerdo de Karnezis, goleiro grego, que nem se mexeu. . A Grécia teve que sair para o jogo, como ocorreu contra a Costa do Marfim. De novo, poucos acreditavam. De novo, deu certo. No último lance, Salpingidis girou e bateu forte, Navas pegou, mas Papastathopoulos fez no rebote.
Nos pênaltis, após 0 a 0 na prorrogação, a Costa Rica contou com Navas, o melhor da partida. Pegou o pênalti de Gekas com uma só mão. História feita para o pequeno país de América Central que não possui exército, mas que mostrou muito poderio na Copa até aqui – e capacidade de superação.
Via Blog do BG
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