segunda-feira, 29 de abril de 2013


'Se fosse à noite, estaria morto', diz agredido por neonazistas no RJ

Homem afirma ter sido agredido por grupo neonazista (Foto: Reprodução/TV Globo)
Homem afirma ter sido agredido por
gruponeonazista (Foto: Reprodução/TV Globo)

O nordestino de 33 anos agredido por um grupo neonazista, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na sábado (27), diz que está com medo de sofrer novas agressões e teme virar alvo fácil nas mãos dos amigos de um dos integrantes do grupo, preso pouco depois das agressões. Ele acha que os amigos de Thiago Borges Pita vão querer vingá-lo e ele teme morrer.

“Estou com medo de sair às ruas. Fui agredido (no sábado), do nada, quando estava olhando uma banca de jornais, na Praça Arariboia, em Niterói. Não percebi a aproximação deles, que gritaram ‘nordestino de merda’, me deram um soco e fizeram uma saudação nazista. Isso, às 10h, na frente de todo mundo, quando havia uma umas oito pessoas na banca. Se fosse à noite, eles poderiam ter me sequestrado, torturado e matado. Só não foram adiante porque as pessoas começaram a gritar, chamando atenção dos guardas municipais, que fecharam o carro deles para que eles não fugissem. Foi tudo muito rápido”, relembrou a vítima.

Ele conta que, por causa do alarme das pessoas, levou apenas um soco, que acabou quebrando os óculos escuros que usava, mas que não chegou a se ferir. A vítima conta que foi reconhecido por Thiago, que, como ele, é morador de São Gonçalo, também Região Metropolitana do Rio.

“Eles estão presos, mas nem por isso estou mais tranquilo. O grupo é grande, tem mais gente em São Gonçalo, em Niterói e no Rio. Deve ter mais uns 18 deles em São Gonçalo e agem há muito tempo. Há uns três anos uma menina foi agredida na Praça Zé Garoto. E em 2010, eles espancaram até a morte o adolescente de 14 anos (Alexandre Thomé Ivo Rajão). Alguns foram presos, mas outros continuam aí agredindo as pessoas”, afirmou o jovem nascido em Natal, no Rio Grande do Norte.

Para sua proteção, a vítima diz que vai mudar seus hábitos. Admirador de jazz, ska e outros tipos de música negra e frequentador de bares que tocam essas músicas na Lapa, no Centro do Rio, ele diz que vai buscar novos lugares para se divertir.

“Esses neonazistas são pessoas de classe média, que frequentam bons lugares. Agora, não vou andar mais sozinho e vou frequentar lugares mais populares, mais povão. Vou deixar de frequentar a Lapa, onde sempre tem alguns deles rondando e vou ficar de pé atrás. Não quero arriscar minha segurança, minha vida. Eles são perigosos e podem matar”, disse o agredido.

No sábado (27), segundo um guarda municipal, após impedirem que o rapaz continuasse a ser agredido, testemunhas acusaram o grupo neonazista detido de outras agressões em Niterói.

Fonte: G1 RJ / Via Blog Comunicador Efectivo

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