Foto: Cézar Alves
Cerca de 15 construtoras que atuam no programa Minha Casa Minha Vida no Rio Grande do Norte preveem demissões em massa para os próximos meses.
A previsão reflete diretamente na vida do trabalhador, que teme entrar na lista de nomes a serem contemplados com a demissão.
O motivo é o atraso no pagamento de mais de R$ 10 milhões por parte do Governo Federal.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no estado, o atraso vem ocorrendo desde novembro de 2014, e atualmente, varia de 40 a 50 dias, atingindo principalmente as pequenas construtoras.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, o diretor do Sinduscon Carlos Luís, relatou que desde o final do ano passado foram mais de mil demissões e que as perspectivas para o futuro não são boas.
“Poderemos ter mais demissões e até parar as obras. Hoje contamos com mais de 8 mil residências sendo construídas. Em função dessa imprevisibilidade no pagamento, a gente tem começado a reduzir o ritmo e, com isso, as demissões em massa estão cada vez mais evidentes, infelizmente”, declarou.
(Foto: Josemário Alves)
O servente de pedreiro Alisson Santos, que trabalha em uma das obras do Minha Casa Minha Vida em Mossoró, diz que teme a possibilidade de ser demitido.
“A empresa já avisou que vai colocar peão pra fora. Talvez uns 40 ou 50. Se eu estiver na lista, vai ser ruim, muito ruim. O jeito é correr atrás do seguro até conseguir outro emprego”, disse.
Nesta obra, situada após o bairro Abolição 3, são 900 apartamentos populares com previsão para conclusão até o final do ano. Segundo o mestre de obras, João Arruda, ao todo são 570 trabalhadores.
Durante uma visita ao Rio Grande do Norte, o Ministro das Cidades Gilberto Kassab, informou ao sindicato da categoria que, até o final do mês de março, estaria regularizando o pagamento.
Entretanto, o diretor do Sinduscon conta que o último pagamento recebido pelas empresas foi em fevereiro, referente ao mês de janeiro. “Se até o dia 10 de abril a gente não receber, vai completar dois meses atrasados”, disse Carlos Luís.
O mesmo problema se estende á outros estados do Nordeste. Somente na Bahia, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte, estima-se que o atraso esteja orçado em R$ 175 milhões.
Mossoró Hoje / Via Jota Lourenço
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