Os nigerianos votaram para presidente neste sábado (28), em eleições prejudicadas pela violência do Boko Haram e por falhas no novo sistema de voto eletrônico, que levaram ao adiamento do pleito para domingo (29) em vários lugares.
Extremistas do Boko Haram, que haviam prometido tumultuar a votação e, de fato, causaram o seu adiamento por seis semanas, cumpriram a promessa: o grupo é suspeito de ter realizado ataques sangrentos, entre eles a duas seções eleitorais do nordeste do país. Pelo menos 15 pessoas morreram nos ataques, incluindo um político da oposição.
"Ouvimos os agressores gritarem: Não dissemos para permanecerem longe das eleições?", contou um funcionário da Comissão Eleitoral Independente (Inec). Já um deputado do estado de Borno anunciou que 23 pessoas foram decapitadas na véspera das eleições, nesta sexta-feira (27), na localidade de Buratai, aparentemente por islamitas.
Apesar dos ataques, os eleitores compareceram em bom número às urnas. Para as eleições presidenciais e legislativas, foram convocados 68,8 milhões de eleitores. Quatorze candidatos disputam a presidência, enquanto, nas legislativas, disputam as 469 cadeiras do Parlamento 537 candidatos de 28 partidos. "Esperamos tanto para Deus nos deixar ver este dia", comentou o eleitor Hassan Ziga, 35, em Maraba. Khamis Amir, desabrigado após ataques do Boko Haram, caminhou 11 quilômetros desde o lago Chade para votar em Maiduguri, metrópole do nordeste do país, região mais afetada pelos extremistas. A organização das eleições, no entanto, não atendeu às expectativas. O novo sistema de votação eletrônica por meio de um leitor biométrico causou atrasos em várias regiões.
Falha tecnológica A Inec havia optado pelo novo sistema para evitar fraudes, mas as dificuldades técnicas foram tamanhas em determinadas regiões que, às 16h, a Comissão anunciou a suspensão das operações nos locais onde foram registrados os maiores problemas, adiando a votação para este domingo. Nem mesmo o presidente, Goodluck Jonathan, conseguiu votar em Otuoke usando o novo método, tendo que fazê-lo manualmente. Seu principal opositor, o ex-general Muhammadu Buhari, não teve problemas para votar em Daura, no estado de Katsina. Buhari, que governou a Nigéria na metade dos anos 80, à frente de uma junta militar, prometeu combater a corrupção e a insegurança com firmeza, embora se considere "um convertido à democracia". Ele é visto por muitos como o candidato que adotará a linha dura contra os extremistas.
G1 / Via Portal Paulista Online
Extremistas do Boko Haram, que haviam prometido tumultuar a votação e, de fato, causaram o seu adiamento por seis semanas, cumpriram a promessa: o grupo é suspeito de ter realizado ataques sangrentos, entre eles a duas seções eleitorais do nordeste do país. Pelo menos 15 pessoas morreram nos ataques, incluindo um político da oposição.
"Ouvimos os agressores gritarem: Não dissemos para permanecerem longe das eleições?", contou um funcionário da Comissão Eleitoral Independente (Inec). Já um deputado do estado de Borno anunciou que 23 pessoas foram decapitadas na véspera das eleições, nesta sexta-feira (27), na localidade de Buratai, aparentemente por islamitas.
Apesar dos ataques, os eleitores compareceram em bom número às urnas. Para as eleições presidenciais e legislativas, foram convocados 68,8 milhões de eleitores. Quatorze candidatos disputam a presidência, enquanto, nas legislativas, disputam as 469 cadeiras do Parlamento 537 candidatos de 28 partidos. "Esperamos tanto para Deus nos deixar ver este dia", comentou o eleitor Hassan Ziga, 35, em Maraba. Khamis Amir, desabrigado após ataques do Boko Haram, caminhou 11 quilômetros desde o lago Chade para votar em Maiduguri, metrópole do nordeste do país, região mais afetada pelos extremistas. A organização das eleições, no entanto, não atendeu às expectativas. O novo sistema de votação eletrônica por meio de um leitor biométrico causou atrasos em várias regiões.
Falha tecnológica A Inec havia optado pelo novo sistema para evitar fraudes, mas as dificuldades técnicas foram tamanhas em determinadas regiões que, às 16h, a Comissão anunciou a suspensão das operações nos locais onde foram registrados os maiores problemas, adiando a votação para este domingo. Nem mesmo o presidente, Goodluck Jonathan, conseguiu votar em Otuoke usando o novo método, tendo que fazê-lo manualmente. Seu principal opositor, o ex-general Muhammadu Buhari, não teve problemas para votar em Daura, no estado de Katsina. Buhari, que governou a Nigéria na metade dos anos 80, à frente de uma junta militar, prometeu combater a corrupção e a insegurança com firmeza, embora se considere "um convertido à democracia". Ele é visto por muitos como o candidato que adotará a linha dura contra os extremistas.
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