A expansão da internet, principalmente nos dispositivos móveis, permitiu que mais pessoas tenham acesso rápido e sem complicações ao conhecimento. Hoje é possível fazer pesquisas por vídeos, fotos, artigos e uma infinidade de dados que aumentam nossa capacidade de aprendizado. No entanto, quando transformamos esses aparelhos em extensões do nosso corpo – e o pior: sem perceber isso –, podemos confundir nossa memória e fazer com que ela fique desgastada com tanta informação.
Quem diz isso é um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos, que constatou que o uso excessivo de motores de busca, como o Google, está aumentando os níveis de esquecimento da população. Assim como os computadores e celulares, esses buscadores se tornaram “extensões da nossa inteligência”, em vez de ferramentas separadas. Como consequência, estamos cada vez mais propensos a esquecer dos acontecimentos que não pesquisamos na internet.
Segundo o Telegraph, esse novo comportamento até pode ser efetivo se for considerada a velocidade de procura da informação, mas é prejudicial ao cérebro em longo prazo. Em uma série de testes, cientistas das Universidades de Harvard e de Colorado Boulder descobriram que os participantes tinham uma tendência maior a se lembrar de dados que sabiam terem sido apagados de um computador, já que não existia mais nenhum vínculo entre o usuário e a informação. Por outro lado, o nível de esquecimento foi maior naqueles que sabiam da existência de algum arquivo armazenado na máquina, baseando-se no fato de que poderiam recuperá-lo depois.
Em outra parte do estudo, os pesquisadores realizaram um teste no qual os voluntários foram divididos em dois grupos: um poderia acessar o Google para responder as questões, enquanto a outra equipe só usaria o próprio conhecimento. Ao final das provas, aqueles que usaram a internet como apoio mostraram uma opinião mais elevada da própria inteligência, mais até do que os usuários que responderam sem ajuda da internet.
“A internet pode não só eliminar a necessidade de um parceiro com o qual compartilhamos informações, mas também diminuir a importância que deveríamos dar para o armazenamento de fatos que acabamos de aprender. Nós chamados isso de ‘efeito Google’”, explicam os pesquisadores Daniel Wegner e Adrian Ward ao Daily Mail.
Segundo os cientistas, as pessoas agora confiam mais nos meios digitais do que na própria memória para armazenar informações. Na visão desses usuários, guardar dados eletronicamente, como na nuvem ou em outros mecanismos, é mais seguro, confiável e à prova de falhas do que guardar tudo na própria mente ou na de outra pessoa.
“A internet é diferente de um parceiro de memória humano. Ela sabe mais e pode produzir informação mais rapidamente. Quase todos os dados hoje estão disponíveis ali, na hora, por uma busca rápida na web. Pode ser que ela esteja tomando o lugar não só de outras pessoas como fontes externas de memória, mas também de nossas próprias faculdades cognitivas”, alertam os especialistas.
Canal Tech / Via Blog de Novanês Oliveira
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