sábado, 30 de novembro de 2013

51% da população tem excesso de peso


Desse número, 54,5% do sexo masculino e 48,1% do sexo feminino. Do total, 17,4% apresenta índice de massa corporal acima de 30, o que caracteriza obesidade.


O excesso de peso, fator de risco para várias doenças crônicas, atingiu níveis nunca vistos no Brasil, preocupando as autoridades da área de saúde. Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel 2012, realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, aponta que 51% da população tem excesso de peso, sendo 54,5% do sexo masculino e 48,1% do sexo feminino. Do total, 17,4% apresenta índice de massa corporal acima de 30, o que caracteriza obesidade.

E o pior, a tendência é de aumento dos indicadores. Realizada desde 2006, naquele ano, a pesquisa apontou que 43,2% da população apresentava excesso de peso, numa estatística crescente que atingiu 54,5% dos homens e 48,1% das mulheres em 2012. No total, foram ouvidas 45 mil pessoas, via telefone, em todo o país. Em Natal, considerada a capital nacional da ociosidade, os dados revelam que 52% da população acima dos 18 anos está acima do peso, índice semelhante a Aracaju, Curitiba, Manaus, São Paulo, Maceió, Rio de Janeiro e Porto Velho; bem mais do que São Luis e Palmas (45%) e menos do que Campo grande (56%), Porto Alegre e Rio Branco (54%).

A pesquisa apontou ainda Indicadores de atividade física ativos no tempo livre: 33,5%, sendo 41,5 do sexo masculino e 26,5 do sexo feminino. O índice de inatividade física – 14,9% do total, dos quais 15,2 homens e 14,6 mulheres e um dado interessante: 26,4% dos entrevistados declararam assistir pelo menos 3 horas de TV por dia. Mas, nem tudo é negativo, comparado com outros países, estamos abaixo da Argentina (20,5%) e dos Estados Unidos (27,7%).

É bom ressaltar, no Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis (câncer, diabetes, doenças do aparelho respiratório, doenças respiratórias) correspondem a 72% das causas de mortes, tendo como fatores de risco o tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação inadequada e a obesidade.

Obesidade em debate

Em vista deste cenário, extremamente preocupante, é que está sendo realizado ontem (29) e hoje (30) , o curso “A integração no combate à obesidade”,uma realização do Projeto Obesidade Hoje em parceria com o Centro Universitário do RN - UNI-RN, buscando sistematizar informações significativas sobre a questão.

Hoje, até às 12h, o tema em debate será “Reganho de peso: como evitar e tratar”, a cargo dos especialistas dr. Carlos Alexandre Fonseca (cirurgião bariátrico), dra. Elaine Fonseca, dra. Lyssa Dantas e Paulo Gentil.

Gerlane Lima, 

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