segunda-feira, 29 de julho de 2013

Wilma de Faria evita admitir candidatura ao governo, mas tem agenda de majoritária

Wilma tem dito que o povo a pede de volta - Habner Weiner
Wilma tem dito que o povo a pede de volta - Habner Weiner

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) tem dito por onde passa que quer disputar uma vaga para a Câmara dos Deputados. Mas sempre faz uma ponderação: "o povo está me querendo de volta" ou "o povo está comparando e vendo que nosso governo foi melhor".

A um ano do início da corrida eleitoral, Wilma de Faria, sob a cômoda condição de vice-prefeita de Natal, segue cumprindo agenda de candidato majoritário. Tem visitado cidades do interior e mantido contatos.

Nesse mesmo tempo o vice-governador Robinson Faria (PSD) está"mergulhado". Tem aparecido pouco na mídia. Semana passada o filho dele, deputado federal Fábio Faria (PSD), evitou comentar sobre as declarações de Wilma admitindo que pode ser candidata.

Segundo o blog Panorama Político, editado pela jornalista Ana Ruth Dantas, Robinson teria tido uma delicada conversa com Wilma de Faria em que pediu para ela sepultar qualquer possibilidade de disputar o governo, mas teve como resposta o silêncio.

O fato é que Wilma aposta repetir o feito do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), que cresceu e se tornou favorito à Prefeitura de Natal à medida que o desgaste da então prefeita Micarla de Sousa (PV) se intensificava.

No entanto, pesa contra a líder socialista uma série de variáveis que apontam para uma situação diferente. Primeiro: Wilma tem a sombra do ministro Garibaldi Filho (PMDB).

Ele é o único político capaz de fazer frente a ela nas pesquisas. Além disso, o PMDB é atualmente o partido mais poderoso do Estado. Tem um ministro, um senador e exerce influência no suplente que substitui Garibaldi, o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves, elegeu a maior quantidade de deputados estaduais em 2010 e tem o maior número de prefeitos e vereadores do Rio Grande do Norte.

Os líderes do PMDB têm sempre dito nas conversas reservadas que se não apoiarem Rosalba terão candidatura própria.

O segundo aspecto contra Wilma é a quantidade de processos que ela responde na Justiça.

A favor tem o desgaste da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) que lhe permite ser o nome mais forte das oposições para 2014.

Mas o projeto de governar o Estado não depende exclusivamente disso. É preciso trabalhar com cautela pra unir as oposições em torno dela. Não é uma tarefa simples por conta dos interesses conflitantes. Também é necessário ter espaços para eventuais aliados que se afastem do governo Rosalba.


Fonte: Jornal O Mossoroense / Via Blog Comunicador Efectivo

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