quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Mãe pede para escola reprovar filho que não sabe ler em Cuiabá

Jonathan Cosme/ TV Centro América
Entrada da Escola Estadual Malik Didier, em Cuiabá (MT)
Entrada da Escola Estadual Malik Didier, em Cuiabá (MT)

 
Segundo informações do portal G1, uma mãe, que não teve o nome identificado pela reportagem, pediu à direção da Escola Estadual Malik Didier Namer Zahafi, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá (MT), para reprovar o filho de 10 anos, estudante do quinto ano do 'Ciclo de Formação Humana' - que corresponde à quarta série do ensino fundamental, por ele não saber ler nem escrever.

 "Ele só sabe copiar do quadro, então acho melhor retê-lo do que aprová-lo sem que ele apresente condições para isso", disse ao G1. Ela afirmou ter exposto a situação durante reunião realizada recentemente entre a assessoria pedagógica da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e pais de alunos, mas a resposta foi que não poderiam retê-lo, pois o sistema de ensino não permite. "Eles [direção da escola] dizem que ele [filho] aprenderá no tempo dele, mas não acho normal. O que será do futuro do país?", questionou a mãe, que é estudante de pedagogia.

 De acordo com a mãe, que trabalha na escola onde o filho estuda na função de auxiliar de limpeza, além do filho, outros alunos da instituição de ensino enfrentam a mesma dificuldade.  "Tem muitos alunos em situação pior ainda, porque já estão no 7º ano e não sabem ler nem escrever", disse. Ela contou que o filho só consegue escrever se estiver copiando do quadro, mas não consegue entender o que escreve. É como se estivesse desenhando. O garoto é filho único.

 Em entrevista, o secretário da unidade de ensino, José Carlos Oliveira, afirmou que sistema de ciclos determina que o aluno não pode ser retido.

 "Ocorre que nas escolas 'cicladas', independentemente do aluno saber ou não, ele não pode ser retido, porque também existe a questão de idade e série", disse. Ele deu como exemplo um caso que ocorreu no ano passado, quando a escola recebeu um aluno da rede municipal que tinha 13 anos e fazia a 4ª série, mas a escola não pôde matriculá-lo nessa série e o 'elevou' à 8ª série.

 "É culpa do sistema, porque a escola não faz milagres. Por mais que tenhamos vontade de ajudar o aluno, ele pulou as fases de aprendizagem", afirmou. Ele disse ter tirado dúvidas com a Seduc quanto à questão desse aluno especificamente, e a resposta que recebeu foi de que tinha que seguir o sistema.

 "Em alguns casos, a culpa também é da família. Tem casos em que o aluno não é matriculado no tempo certo e, quando o Conselho Tutelar descobre, obriga os pais a colocá-lo na escola, mas às vezes causa um desequilíbrio psicológico no aluno ao ver que os colegas mais novos sabem mais do que ele", avaliou Oliveira.

 Do Site do Bol com informações do site G1 / 
Via Blog Comunicador Efectivo

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