quinta-feira, 17 de abril de 2014

Escritor Gabriel García Márquez morre aos 87 anos



17 de ABRIL de 2014 - Morreu o escritor colombiano Gabriel 
García Márquez, aos 87 anos, informou o perfil oficial do autor
no Facebook nesta quinta-feira (17). A notícia foi confirmada
por uma fonte próxima ao escritor à agência Associated Press.

Ele ficou internado com pneumonia e infecção respiratória na
Cidade do México, onde morava, entre o fim de março e início
de abril. García Márquez estava em casa e lutava contra um 
câncer linfático desde 1999.

Em julho de 2012, o mais novo de seus dez irmãos, Jaime
García Márquez, revelou que o autor sofria de demência 
senil “há alguns anos” e que estava lutando contra a perda
de memória. O escritor era casado com Mercedes Barcha 
Pardo desde 1958. Eles tiveram dois filhos: Rodrigo, que 
nasceu em 1959, e Gonzalo, nascido em 1962.

Considerado um dos mais importantes escritores do século
20 e um dos mais renomados autores latinos da história, 
Gabriel García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, 
em Aracataca, na Colômbia. Chegou a estudar direito 
e ciências políticas na Universidade Nacional da Colômbia,
mas não concluiu o curso, preferindo iniciar carreira no 
jornalismo.

Seu primeiro romance, “A revoada (O enterro do diabo)”, foi 
escrito no início da década de 1950, mas publicado apenas
em 1955, por iniciativa de amigos, enquanto ele estava na 
Europa. Já tendo como cenário a cidade de Macondo, que
apareceria em outras de suas obras, o livro tinha como 
narradores três personagens, um velho coronel, sua filha
e o neto, ainda criança. O sucesso internacional, no entanto,
veio principalmente após a publicação de seu romance mais
famoso, “Cem anos de solidão”, em 1967.
Post no Facebook oficial de García Márquez anuncia a morte
(Foto: Reprodução/Facebook/García Márquez)



Obra-prima de García Márquez, "Cem anos de solidão" vendeu, até 
hoje, mais de 50 milhões de exemplares. É considerado, ao lado de
“Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, um dos livros mais 
importantes da literatura em língua espanhola. Foi traduzido para
35 idiomas.
 
Exemplo máximo do realismo fantástico – gênero característico 
do boom latino-americano da segunda metade do século XX –, 
“Cem anos de solidão” se passa na fictícia aldeia de Macondo 
e acompanha, ao longo de gerações, a saga da família Buendía.

Entre seus títulos mais conhecidos estão ainda “A incrível e 
triste história de Cândida Eréndira e sua avó desalmada”, 
“O outono do patriarca”, “Crônica de uma morte anunciada”, 
“Do amor e outros demônios”, “Memórias de minhas putas tristes” 
e “O amor nos tempos do cólera”.

“Foi a época em que fui quase completamente feliz. Gostaria que 
minha vida tivesse sido como naqueles anos em que escrevi ‘O
amor nos tempos do cólera’”, afirmou García Márquez ao “New 
York Times” três anos após a publicação de “O amor nos tempos
do cólera”. Aqui, o autor resgata a verdadeira história da paixão 
de seu pai, também Gabriel, por Luiza, sua mãe. O pai dela reprovava
a relação e conspirava contra. No livro, o casal se chama Florentino
e Fermina. “Todas essas coisas para mim são parte da nostalgia. 
Nostalgia é uma fonte incrível para inspiração literária, para inspiração
poética”, comentou na mesma entrevista ao “New York Times”.

Márquez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto
de sua obra. Foi o primeiro colombiano e quarto latino-americano a 
receber o prêmio, e, na ocasião, agradeceu com um discurso intitulado
“A solidão na América Latina”.

“El Gabo”, como era conhecido na América Latina, continuou escrevendo
até o final da década de 90, mas seu trabalho foi reduzido a partir de 1999,
quando recebeu o diagnóstico de um câncer linfático. Em 2002,
ainda em tratamento, publicou sua autobiografia, “Viver para contar”. 

A aposentadoria oficial do escritor foi anunciada em 2009 por agentes
literários.

García Márquez casou-se com Mercedes Barcha Pardo em 1958, e 
no ano seguinte nasceu o primeiro filho do casal, Rodrigo. Roteirista
e diretor de TV e cinema, Rodrigo García dirigiu filmes como “Questão
de vida” e “Albert Nobbs” e episódios de diversas séries, como 
“Família Soprano” e “A sete palmos”, além de ser o criador da 
adaptação americana da série “In treatment”. O seriado 
israelense ganhou versões em diversos países, incluindo o
Brasil, onde recebeu o nome de “Sessão de terapia” e foi
produzida pelo canal GNT. Nascido em 1962, no México, o 
filho mais novo do escritor, Gonzalo, é designer gráfico.


Retirado do G1 São Paulo / Via Blog Ideias & Fatos 

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