Marilia Rodrigues foi encontrada morta no escritório
onde trabalhava (Foto: TV Integração/Reprodução)
17 de ABRIL de 2014 - O piloto e empresário italiano Claudio
Grigoletto, acusado de matar a mineira Marilia Rodrigues,
de 29 anos, foi condenado nesta quinta-feira (17) à prisão
perpétua. O crime ocorreu no dia 29 de agosto de 2013 em
Gambara, na Itália. A uberlandense estava grávida de
quase cinco meses e o filho era do acusado, que era chefe
dela.
Segundo informações divulgadas pelo site da Agência
Italiana de Notícias (ANSA), a sentença foi dada em primeira
instância por um tribunal de Brescia, no norte do país,
após cinco horas de audiência e mais quatro de deliberação
dos juízes. Mas o réu ainda pode recorrer da decisão.
O corpo de Marilia foi encontrado um dia após o assassinato,
no escritório da empresa em que trabalhava. A jovem apresentava
ferimentos na nuca e no rosto. No local ainda havia forte cheiro
de gás.
Na última segunda-feira (14) a mãe de Marilia, Natália Maria
da Silva, viajou para a Itália para acompanhar a sentença.
A reportagem do G1 entrou em contato com ela para saber
mais sobre a condenação, e aguarda retorno.
Em conversas anteriores com a reportagem, Natália Silva
disse que nada traria a filha de volta, mas que não abria
mão da Justiça. Ela também acrescentou a importância
da divulgação do fato para que outras tragédias semelhantes
não aconteçam. “É uma situação triste e que dói muito ao ser
relembrada. Minha filha era uma pessoa honesta, batalhadora
e que saiu de casa para trabalhar e estudar e teve um triste fim”,
disse.
Ainda segundo o site, Marilia era amante do acusado. Em
matéria publicada pelo G1 em setembro do ano passado,
a mãe da mineira disse que sabia do relacionamento da
filha com o chefe dela e que eles estavam juntos. Na época,
Natália da Silva contou que o homem não dizia que estava
casado, pelo contrário, afirmava para a jovem que estava
separado.
Mineira foi morta na Itália no fim de agosto do ano passado
(Foto: Natália Maria da Silva/Arquivo Pessoal)
Prisão do acusado
Grigoletto foi preso logo após as primeiras investigações
da polícia. Ele confessou ter matado a brasileira. No mês
passado, a ANSA divulgou parte do depoimento de
Grigoletto sobre a morte da mineira. O empresário afirmou
que a motivação do crime foi uma discussão sobre um
apartamento que eles estavam procurando. "Marília
tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta,
então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou
contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça.
Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço
e o apertei", contou.
Chefe de mineira morta na Itália
(Foto: ANSA/
Divulgação)
Segundo a ANSA, no depoimento Grigoletto disse: "Eu não
queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha
consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava
morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia
e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais
e tentei colocar fogo sobre ele", acrescentou.
Ainda no site constava que o italiano disse também que,
antes de cometer o crime, pensou várias vezes em se
matar por conta das dificuldades econômicas que enfrentava
e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com
a brasileira da sua esposa, com quem tem duas crianças.
Fernanda Resende Do G1 Triângulo com informações da Ansa
Retirado do G1
/ Via Blog Ideias & Fatos
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