O ministro da economia Paulo Guedes defendeu, mais uma vez, a privatização do banco do Brasil, da Petrobrás e de outras instituições para diminuir o gasto com juros da dívida.
Resta saber se o eleitor irá deixar. Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos brasileiros não quer a privatização dos bancos públicos e da estatal do petróleo.
Agência Estado
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta sexta-feira, 15, a prioridade do governo federal em privatizar empresas estatais e vender ativos como imóveis, para abater a dívida pública e reduzir despesas com o segundo maior gasto das contas públicas, aqueles referentes aos juros.
“Vamos atacar as prioridades. A primeira delas é a Previdência. O segundo maior gasto são os juros da dívida”, afirmou Guedes, ao descrever seu trabalho em palestra durante o seminário “A Nova Economia Liberal”, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
Para tirar as privatizações do papel, Guedes lembrou que nomeou Salim Mattar como secretário especial. “Eu trouxe o Salim Mattar, com apetite enorme, doido pra privatizar o máximo o possível, doido pra passar a faca”, afirmou Guedes.
Segundo o ministro, os ativos da União, incluindo as principais empresas estatais, inclusive as não listadas em Bolsa, e somando os imóveis, poderiam render R$ 1,2 trilhão para os cofres públicos. “No final vai a (privatização da) Petrobrás também, vai o Banco do Brasil, tem que ir tudo”, afirmou.
Guedes voltou a defender a descentralização de recursos tributários. Segundo o ministro, os recursos estão muito concentrados no topo. Isso levaria a ineficiências e corrupção. “Se o presidente é Corinthians, surge estádio do Corinthians. E o Corinthians começa a ganhar”, afirmou Guedes, em tom de brincadeira e sob risos da plateia.
O ministro citou ainda as despesas com a máquina do Estado como o terceiro grande componente do gasto público. A ideia é cortar gastos. Guedes lembrou do fechamento de 21 mil cargos comissionados. Disse ainda que, de 40% a 50% dos servidores federais vão se aposentar nos próximos. Segundo o ministro, o plano não é contratar para repô-los, mas sim digitalizar o governo.
Via O Potiguar
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