sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Bolsonaro anuncia Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação


O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou na noite desta quinta-feira o filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez como futuro ministro da Educação. A indicação de Rodríguez, professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, foi feita por meio do Twitter, assim como Bolsonaro fez com os integrantes do primeiro escalão do governo que começa em janeiro.

Vélez Rodríguez se formou em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana em 1964, graduou-se em Teologia no Seminário Conciliar de Bogotá em 1967, concluiu o mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1974, e o doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho em 1982.

Professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o futuro ministro é autor de A Grande Mentira – Lula e o patrimonialismo petista, publicado em 2015. Em seu perfil no Facebook, refere-se a petistas como “mortadelas” e “petralhas”.

Indicado por Olavo de Carvalho

Ricardo Vélez Rodríguez mantém um blog chamado “Rocinante”,  referência ao nome do cavalo de Dom Quixote de la Mancha, do clássico de Miguel de Cervantes, “um espaço para defesa da Liberdade, da forma incondicional em que Dom Quixote fazia nas suas heroicas empreitadas”.

Em uma postagem datada do dia 7 de novembro e intitulada “Um roteiro para o MEC”, Vélez Rodríguez afirma que seu nome foi indicado a Bolsonaro, entre outros, pelo filósofo Olavo de Carvalho, conselheiro do presidente eleito e guru de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

Amigos, escrevo como docente que, através das vozes de algumas pessoas ligadas à educação e à cultura (dentre as quais se destaca o professor e amigo Olavo de Carvalho), fui indicado para a possível escolha, pelo Senhor Presidente eleito Jair Bolsonaro, como ministro da Educação”, escreveu.

No mesmo texto, o indicado à pasta diz que vê uma “tarefa essencial” ao Ministério da Educação: “recolocar o sistema de ensino básico e fundamental a serviço das pessoas e não como opção burocrática sobranceira aos interesses dos cidadãos, para perpetuar uma casta que se enquisitou no poder e que pretendia fazer, das Instituições Republicanas, instrumentos para a sua hegemonia política”.

Ainda em seu blog, o filósofo defende o polêmico projeto Escola sem Partido, que tem apoio de Bolsonaro e pretende combater suposta doutrinação política dentro das salas de aula. “Escola sem partido. Esta é uma providência fundamental. O mundo de hoje está submetido, todos sabemos, à tentação totalitária, decorrente de o Estado ocupar todos os espaços, o que tornaria praticamente impossível o exercício da liberdade por parte dos indivíduos”, observa em um texto divulgado em 5 de setembro de 2017.

Via Blog do João Marcolino

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