A educação precisa ser uma responsabilidade compartilhada. É o que aponta o relatório de Monitoramento Global da Educação para 2017 e 2018, divulgado pela Unesco. O documento serve de alerta para governos, escolas, professores e pais, para o assunto.
Segundo a coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Rebeca Otero, é justamente a responsabilização de todos os setores o quesito fundamental para a qualidade da educação.
Ainda mais quando os dados mostram que, atualmente, 264 milhões de crianças e jovens em todo o mundo estão fora da escola, e 100 milhões de jovens são incapazes de ler.
Quando se fala em percentual, menos de 20% dos países garantem legalmente 12 anos de educação gratuita e obrigatória.
A coordenadora da Unesco ainda foi clara: Só iremos atingir uma qualidade da educação, inclusiva e com equidade se conseguirmos efetivamente fazer uma boa prestação de contas e ir corrigindo os problemas que encontramos no meio do caminho.
As políticas para melhorar práticas existentes devem ser “centradas na construção, em vez de acusação”. Com isso, terão mais chances de produzir sistemas educacionais de qualidade.
Ainda segundo a coordenadora da Unesco, o Brasil tem um arcabouço legal e forte para garantir a responsabilização em relação à educação, como legislações específicas, além do PNE, o Plano Nacional de Educação, e de tribunais de contas. Mas ainda falta no país o entendimento de outros entes sobre a importância de sua participação no sistema educativo.
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