sábado, 21 de novembro de 2015

MPF denuncia casal de ex-deputados por desvio de dinheiro do SUS no RN

Laíre, Sandra e Larissa Rosado estão na lista de denunciados do MPF.
Grupo é suspeito de desviar recursos que podem passar de R$ 2,7 milhões.

Do G1 RN
Casa de Saúde Dix-Sept Rosado, em Mossoró (Foto: Felipe Gibson/G1)
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça Federal contra o ex-deputado federal Laíre Rosado Filho, contra a mulher dele, a ex-deputada federal Sandra Maria da Escóssia Rosado, e contra a filha do casal, Larissa Rosado, também ex-deputada. Quem assina a denúncia é o procurador Emanuel de Melo Ferreira, de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte.

Os três, juntamente com outros 12 envolvidos, incluindo o ex-marido de Larissa Rosado, são acusados de montar um esquema para desviar recursos da União destinados à Fundação Vingt Rosado, em Mossoró. De acordo com o MPF, o total dos desvios, em valores atualizados, pode chegar a mais de R$ 2,7 milhões.

As investigações do Ministério Público Federal se inciaram a partir de um relatório do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus). O trabalho realizado pelo Denasus apontou diversas irregularidades nas licitações deflagradas para utilização dos recursos repassados por meio de convênios, entre o Ministério da Saúde e a Fundação Vingt Rosado, instituição vinculada à família de Laíre Rosado.

Os créditos orçamentários que permitiram o repasse dos recursos foram todos resultados de emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União, propostos pela então deputada federal Sandra Rosado, segundo o MPF.


Esquema criminoso
A denúncia afirma que o modus operandi consistia no seguinte esquema: primeiro Sandra Rosado direcionava recursos de emendas parlamentares à Fundação Vingt Rosado; em seguida havia a simulação de um procedimento licitatório para encobrir a escolha direta das empresas integrantes do esquema. Posteriormente, havia o repasse dos recursos às empresas selecionadas, lastreados em notas fiscais que atestavam a suposta aquisição de medicamentos e insumos não fornecidos efetivamente à fundação.

Um dos representantes da empresa “vencedora” da licitação sacava os valores repassados pela entidade, para em seguida realizar a partilha dos recursos entre os envolvidos.

O MPF aponta ainda que para tornar mais complexo o esquema, dificultando uma possível investigação, os recursos não eram imediatamente repartidos entre os integrantes do esquema criminoso. O dinheiro era “branqueado” através da utilização da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância em Mossoró (Apamim), sendo destinado às contas bancárias dos membros da família Rosado. Antes, entretanto, passava por assessores parlamentares. A quebra do sigilo bancário dos envolvidos, autorizada pela Justiça Federal, revelou uma série de transferências e depósitos em favor dos investigados.

Apamim
De um total de R$ 360 mil repassados pelo Convênio nº 743/2004, a importância de 148.774,75 teria sido doada à Apamim, o que representa 41,32% do total de recursos. Ressalte-se que o presidente da Fundação Vingt Rosado, Francisco de Andrade Silva Filho, ex-marido de Larissa Rosado, também fez parte da diretoria da Apamim, chegando a ocupar a presidência das duas entidades ao mesmo tempo.

Via Jota Lourenço

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