Escolas do RN se destacam no Enem

Para chegar ao topo, as três escolas que subiram no pódio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Rio Grande do Norte percorreram caminhos distintos. Uma escola tem uma preparação intensiva focado nos resultados. A segunda colocada no exame prefere um foco na educação integral. O terceiro lugar é a representante daqueles que acreditam na formação religiosa como componente indispensável ao ser humano.

Pela quinta vez o Colégio Ciências Aplicadas, ficou em primeiro lugar entre as escolas de ensino médio segundo o maior exame do Brasil. Das três  instituições potiguares com melhor posição, o Ciências Aplicadas é a mais jovem: apenas sete anos de existência.  De acordo com o diretor Alexandre Pinto, o segredo é a autoavaliação permanente dos resultados. “Nós temos um total de três programas que avaliam todos as provas nos dois pontos: o resultado do aluno e o resultado do professor”, informou.

Além disso, os professores da primeira colocada no RN vêm de diversas regiões do Brasil. Segundo o diretor, essa é uma política necessária, uma vez que as vagas nas universidades públicas do Brasil são colocadas à disposição para alunos que fizeram Enem de qualquer parte do território nacional. “Respeito muito as escolas de Natal, mas não olho para o lado. Olho para o Brasil”, declarou Alexandre Pinto.  A maioria das disciplinas têm as provas elaborados por uma banca.

Apesar do pouco tempo de existência, a boa fama da escola já se espalhou pelo Estado. O estudante Breno Simas, de 17 anos, saiu de Caicó para Natal há três anos para estudar no Ciências Aplicadas. A mãe de Breno o acompanhou na mudança para a capital. O sonho dele está no curso de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).  Pelo que parece, o caminho de Breno já está  pavimentado. Quando era estudante do 1º e 2º ano do Ensino Médio, ele participou do Enem como experiência. Na primeira vez, ele conseguiu uma vaga no curso de Engenharia Química na UFRN. Na segunda vez, Breno foi mais longe. Conseguiu ser aprovada no curso de Medicina.

A rotina de estudos é completamente diferente da sua antiga escola. “Tinha muito aquela coisa de se estudar para a semana de prova. No começo do ano, dão um calendário para você com as datas das provas, a mãe prega na geladeira da sua casa e quando está perto você diz: 'agora vou estudar pra prova'. Aqui a gente não sabe quando vai ser prova no primeiro e segundo ano”, falou. A escola também auxilia o aluno a desenvolver técnicas para aproveitar melhor o tempo de estudo e otimizar a fixação de conteúdo.

Essa metodologia com foco em resultados atraiu o estudante Lucas Ferreira de 17 anos. “Eu sabia que eu precisava de um ensino muito mais incisivo para conseguir o meu objetivo”, disse. O jovem quer ser médico. Para isso, vai tentar entrar nos cursos da UFRN ou a do Rio Grande do Sul. Sem contar o tempo em sala de aula, Lucas chega a estudar seis horas e meia por dia. O colégio também tem turmas no ensino fundamental.

Escolas priorizam formação integral

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Via Blog Sítio Novo RN em Foco