quinta-feira, 3 de abril de 2014

PMs são condenados por mortes na "Chacina do Carandirú"

15 PMs que estavam no 3º andar do Pavilhão 9 foram condenados a 48 anos de prisão (Foto:Reprodução).

15 PMs que estavam no 3º andar do Pavilhão 9 foram condenados a 48 anos de prisão (Foto:Reprodução)
O Conselho de Sentença condenou nesta, quarta-feira (2), cada um dos 15 PMs do terceiro andar do Pavilhão 9 do Carandiru a 48 anos de prisão em regime fechado. Eles foram considerados culpados por quatro dos 111 homicídios ocorridos na Casa de Detenção, no dia 2 de outubro de 1992.
Os policiais terão o direito de recorrer em liberdade e aqueles que estiverem na ativa perderão o cargo, caso não consigam reverter à sentença. Os réus foram absolvidos por quatro mortes e duas tentativas de homicídio. E assim termina um dos mais complexos julgamentos da Justiça brasileira, que se arrastou por quase 22 anos após as mortes de 111 presos na antiga casa de detenção.
No total 77 PMs foram condenados no maior júri da história do Tribunal Justiça de São Paulo e três PMs foram absolvidos no primeiro júri, porque atuaram em outro pavimento. A Promotoria havia denunciado os PMs por 111 mortes, mas 29 foram consideradas de autoria desconhecida e os jurados absolveram os réus.
Outras cinco mortes, que seriam julgadas em um júri separado para o coronel Luiz Nakaharada, não tiveram condenação porque o acusado morreu no ano passado. O julgamento desta quarta durou três dias, com cerca de 30 horas de trabalhos em plenário, somado o tempo em que os jurados passaram na sala secreta.
No júri desta semana, foram julgados os PMs do Comando de Operações Especiais (COE) que entraram no terceiro andar do edifício. A Promotoria pediu no início dos debates a absolvição de quatro das oito mortes, porque foram cometidas por arma brancas e existe a tese de que esses homicídios possam ter sido um acerto de contas entre os próprios detentos.
Os jurados também absolveram os acusados por duas tentativas de homicídio, o que os promotores também haviam pedido em plenário nos debates. A maior sentença do Carandiru  a do coronel Ubiratan Guimarães, comandante da ação, acusado por 102 mortes.
Ele foi condenado a 632 anos de prisão em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça o absolveu. A segunda maior pena é dos 25 PMs da Rota julgados em agosto, cujo cada um foi aplicada um pena de 624 anos de prisão por 53 mortes.
Via Revista Bzzz

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