quinta-feira, 26 de abril de 2018

Somente DNA poderá confirmar se corpo enterrado na Zona Norte de Natal é mesmo o da menina Yasmin

Por Anderson Barbosa, G1 RN

Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, não tem documento de identidade para reconhecimento por meio de impressão digital nem ficha de dentista para comparação de arcada dentária.

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Ainda não é possível confirmar se o corpo encontrado enterrado dentro de uma casa na tarde desta terça-feira (24) na Redinha, bairro da Zona Norte de Natal, é mesmo o de Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos. Sem a identificação oficial, o corpo não pode ser liberado para a família providenciar o enterro. A menina foi vista pela última vez com vida no dia 28 de março, quando saiu para entregar um dinheiro na casa de uma vizinha.
Ao G1, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) revelou que Yasmin não possui carteira de identidade, e isso impossibilita um eventual reconhecimento por meio das impressões digitais. Além disso, a família não conseguiu apresentar nenhuma ficha de dentista para que se possa fazer uma identificação por meio da arcada dentária do corpo encontrado. “Assim, o único modo possível de se confirmar se o corpo é mesmo o de Yasmin será por meio de exame de DNA”, afirmou Thiago Tadeu, chefe de gabinete do Itep.
Na manhã desta quarta (25), o pai de Yasmin e uma tia dela estiveram no Itep na tentativa de identificar o corpo encontrado na Redinha. Contudo, embora tenham dito que as roupas são semelhantes as que Yasmin usava no dia em que desapareceu, não foi possível fazer o reconhecimento facial em razão do avançado estado de decomposição do cadáver desenterrado.
“Sem a identificação, o Itep não pode liberar o corpo para sepultamento. Precisamos esperar pelo exame de DNA. Caso o resultado seja positivo, a família vai poder fazer o enterro. Caso contrário, o corpo encontrado fica no Itep por 10 dias, pelo menos, enquanto aguardamos algum parente que também possa se submeter à comparação genética. Se neste período o corpo não for reclamado, ele será enterrado como indigente”, explicou Tadeu.

Falta de laboratório

A polícia investigativa do Rio Grande do Norte não possui um laboratório próprio de DNA. Assim, quando é preciso fazer exames desta natureza, amostras são comumente enviadas para Salvador, na Bahia. A parceria prevê envio de materiais duas vezes ao ano, o que torna o procedimento ainda mais demorado.

Casa saqueada é depredada

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Na noite desta terça, revoltados com o caso, moradores da Redinha depredaram e saquearam a casa de um pedreiro suspeito de ter envolvimento no desaparecimento e morte da garota. Este suspeito, que segundo a Polícia Civil passou a ser procurado após o corpo ter sido encontrado, era quem trabalhava na obra de construção do imóvel onde o corpo foi enterrado.
A casa depredada fica ao lado da residência onde mora a família de Yasmim. De acordo com a Polícia Militar, os moradores acham que estão fazendo justiça. Móveis, eletrodomésticos, e até uma pia inteira foram levados pelas pessoas que invadiram a casa. Os cômodos ficaram revirados e pichações foram feitas nas paredes da residência.

O desaparecimento

Yasmin foi vista pela última vez por volta das 13h do dia 28 de março. De acordo com a família, a menina saiu de casa, na Rua José Acácio de Macedo, na comunidade da África, na Redinha, para entregar um dinheiro a uma vizinha a pedido da mãe. A mulher que receberia o dinheiro mora em uma rua próxima, e disse que a menina sequer chegou ao destino. A família então procurou a polícia e fez uma queixa do desaparecimento dela. Desde então, começaram as buscas por Yasmim.
Via O Câmera

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