quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Fotógrafo registra momento em que turista é atingida e morta por raio

Fotógrafo captura a descarga elétrica caindo no mar (Foto: Rogério Soares / Jornal A Tribuna)
Fotógrafo registra descarga elétrica caindo no mar (Foto: Rogério Soares/Jornal A Tribuna)

O momento em que uma turista de 36 anos é atingida por um raio em uma praia de Guarujá, no litoral de São Paulo, foi registrado por um fotógrafo no fim da tarde de segunda-feira (13). A mulher chegou a ser socorrida, mas morreu momentos depois da descarga elétrica.

O fotógrafo Rogério Soares, do jornal "A Tribuna", de Santos, estava fazendo imagens da orla da praia da Enseada quando, coincidentemente, flagrou o momento em que a mulher, moradora da cidade de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, foi atingida pelo raio.

Nas imagens, é possível observar a turista de braços abertos na areia caminhando em direção à água. Depois, o fotógrafo registra o raio no céu e, em seguida, a mulher desmaiada sendo carregada por banhistas. Ela foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas morreu minutos depois da descarga elétrica.

Banhistas socorrem a vítima na praia da Enseada, em Guarujá (Foto: Rogério Soares / Jornal A Tribuna)
Banhistas socorrem a vítima na praia da Enseada, em Guarujá (Foto: Rogério Soares/Jornal A Tribuna)

O climatologista Rodolfo Bonafim explica que a região da Baixada Santista tem uma grande incidência de raios.

"[O problema piora] Principalmente nesta época, porque estamos em uma região úmida, no litoral, então existe muita umidade no ar, por causa do verão e da proximidade do mar. Obviamente, existe outro fator agravante, que é a questão ambiental provocada pelo aglomerado urbano das cidades, com muitos prédios e carros, o que faz com que a incidência de raios seja maior", destaca o climatologista.
De acordo com Bonafim, o raio deve ter caído diretamente sobre a mulher, e não incidiu sobre as pessoas próximas.

"O raio é pontual, mas quem estava em volta poderia ter sido atingido. Não tem como precisar, mas se acredita que o raio tenha atingido a mulher em cheio, devido à morte quase imediata. Se não fosse direto nela, a vítima poderia ter sofrido apenas uma lesão, que seria resolvida com massagem cardíaca", diz o climatologista.

Bonafim acredita, ainda, que devem ser criadas regras mais duras nas praias para prevenir esse tipo de fatalidade.

"Os avisos não estão sendo suficientes. As pessoas ficam tão ansiosas para ir à praia e não ouvem as recomendações de segurança. O ideal seria que o local fosse evacuado, que ficasse proibida a permanência ali durante um temporal com raios", alerta o especialista.

Fonte: G1 / Via Blog do Campelo

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