Minha Casa, Minha Vida: RN é o estado do nordeste que mais assinou contratos
Na reportagem do Novo Jornal deste domingo mostar o aquecimento do mercado imobiliário em razão do programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a reportagem o Rn aparece em 1° do nordeste no número de contratos celebrados, o estado é o 5º em melhor desempenho no Brasil. Os benefícios aparecem também na geração de emprego.
Confira a reportagem:
Por Louise Aguiar
O Rio Grande do Norte já é o estado que mais assinou contratos do “Minha Casa, Minha Vida” em todo o Nordeste. Foram 52.259, que totalizaram R$ 2,825 bilhões em contratos desde 2010, quando o programa realmente decolou.
Além de primeiro lugar da região, o RN também é um dos cinco melhores desempenhos do país entre as 85 superintendências da Caixa Econômica Federal espalhadas pelo Brasil.
Na faixa que vai de zero a três salários mínimos, já foram assinados 11,2 mil contratos, o que representa R$ 625 milhões. Os números já supriram 25% do déficit habitacional do estado para essa faixa da população, que é de 48 mil residências. Na faixa que vai de três a dez salários mínimos, foram 41 mil unidades contratadas e um montante que somou R$ 2,2 bilhões. Desse total, mais de 30 mil moradias já foram entregues – sendo 7.067 na faixa 1 e 23.795 na faixa 2.
A principal razão para tal desempenho, diz o superintendente da Caixa no RN, Roberto Sérgio Linhares, é a atenção que o banco dá ao programa no Rio Grande do Norte. A instituição financeira, os municípios e os empresários têm trabalhado de maneira harmoniosa e conjunta para que as obras andem em ritmo acelerado. “Temos nos empenhado em eliminar as barreiras para execução de projetos”, acrescenta.
De acordo com Linhares, de 2010 pra cá já foram entregues 7.067 imóveis da faixa 1 e 23.795 da faixa 2. Na primeira classificação, mais quase três mil residências serão entregues até dezembro. O déficit habitacional do Estado, diz ele, soma 108 mil moradias, das quais 60 mil estão localizadas na faixa que ganha de três a dez salários mínimos.
Ao se analisar os números de 2012, os resultados são ainda mais otimistas. Segundo a Caixa Econômica, até o final do ano serão entregues 3.443 imóveis da faixa 1 e oito mil da faixa dois, totalizando 11,4 mil residências entregues aos moradores só este ano. Neste mesmo período, terão sido assinados 13.382 contratos, sendo 2.382 da primeira faixa e 11 mil da segunda. O montante soma R$ 1,1 bilhão.
Na opinião de Linhares, o programa ainda tem muito para crescer. “O objetivo inicial era construir um milhão de residências e nós alcançamos. Temos mais 1 milhão para fazer, então o mercado vai continuar aquecido”, diz o superintendente. A primeira etapa do Minha Casa, Minha Vida construiu 1 milhão de moradias em todo o país.
Agora, na segunda fase do programa, a meta é erguer mais dois milhões de residências. O foco do governo federal é a camada mais baixa da população, que possui renda mensal familiar de até R$ 1.600. Mas quem possui renda de até R$ 5 mil também pode se enquadrar no programa.
O governo federal fez alguns ajustes para a segunda fase do MCMV. Na primeira faixa de renda, em Natal e região metropolitana, o valor máximo do apartamento a ser financiado passou para R$ 53 mil, enquanto o da casa é R$ 52 mil. Nos demais municípios os valores ficaram em R$ 48 mil. Na segunda faixa, os imóveis saíram de R$ 150 mil para R$ 170 mil, o que ampliou a base de inclusão de beneficiários. Para cidades entre 250 mil e 1 milhão de pessoas (caso de Mossoró), o valor máximo do imóvel financiado subiu de R$ 130 mil para R$ 145 mil. Municípios com população entre 50 mil e 250 mil habitantes tiveram o valor máximo do imóvel aumentado de R$ 100 mil para R$ 115 mil. Para as demais cidades, o valor do imóvel subiu de R$ 80 mil para R$ 90 mil.
O valor do subsídio também subiu. Passou de R$ 23 mil para R$ 25 mil. Para quem utiliza recursos do FGTS para reduzir a taxa de juros, o subsídio passou de R$ 13 mil para R$ 16 mil. Os incentivos são concedidos para quem ganha até R$ 3.275.
Programa gera emprego imediato
Uma das construtoras que mais registrou participação no programa no Estado foi a Tecnart. Junto com outras três empresas – Zeta, Monte Neto e Marco Engenharia -, ergueu e ainda está erguendo 1.686 residências. Desse total, 790 já foram entregues em Extremoz. Outro conjunto com 896 apartamentos está sendo construído ao lado do Leningrado, no Guarapes, em um terreno de seis hectares, com previsão de entrega para julho de 2013. Há em projeto mais 1.800 apartamentos no mesmo local.
Na opinião do diretor da Tecnart, Carlos Henrique Cavalcanti, o programa é muito bom porque visa reduzir o déficit habitacional brasileiro, principalmente na camada mais pobre da população, mas também gera algumas distorções. O valor dos terrenos também é apontado por ele como um empecilho. “Natal tem o maior déficit do estado, mas o programa só rodou bem em Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo”, diz.
A margem de lucro do programa é limitada em até 16%, mas Cavalcanti diz que muitas construtoras trabalham com menos do que isso. Por causa dos terrenos, que estão muito valorizados e são incluídos no preço total do empreendimento, é preciso uma gestão financeira muito equilibrada para conseguir concluir as obras sem maiores problemas. Por isso mesmo a Tecnart se juntou a outras três empresas para fazer economia de escala na hora de comprar material de construção.
De acordo com ele, não é mais possível encontrar o metro quadrado do terreno por menos de R$ 100 em Natal. No interior esse valor não passa de R$ 60.
Entre os benefícios do programa, Cavalcanti destaca o apelo social e o giro na economia, além da geração de emprego em massa. “É muito rápido também. A gente assina contrato com a Caixa num dia, no outro já estamos gerando emprego. Emprega do mais simples pedreiro até o engenheiro, sem contar o movimento no comércio, prestadores de serviço e até órgãos públicos”, frisa.
Só a Tecnart já assinou com a Caixa um valor geral de vendas de R$ 17 milhões em imóveis do Minha Casa, Minha Vida. O primeiro empreendimento em Extremoz somou R$ 7 milhões, enquanto o mais recente, no Guarapes, atingiu os R$ 10 milhões.
Junto com as outras três construtoras, a empresa estuda quatro áreas em Mossoró, que ainda possui um expressivo déficit habitacional. Em Natal, porém, as oportunidades já se esgotaram.
Do Blog do BG.
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