Via RN POLITICA EM DIA
As investigações, conduzidas pelo Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Deccor/LD), tiveram início a partir de um ofício enviado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em julho. O órgão identificou divergências no controle de estoque e dispensações indevidas na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat).
O delegado titular do Deccor, José Guedes, explica que o inquérito foi instaurado no início de agosto, após a Sesap informar uma divergência significativa. “Nesse ofício da Sesap, eles informaram que estava havendo uma divergência entre as informações que constavam nos estoques físicos da Unicat com as informações do sistema Hórus, que é um sistema do Ministério da Saúde que faz o controle das medicações”, afirmou.
A operação teve início às 6h30 desta quarta-feira (3), na Unicat, sendo finalizada por volta das 8h30. Às 9h, a Polícia Civil já havia restabelecido o funcionamento integral da unidade. As medidas cautelares resultaram na apreensão de diversas provas, entre documentos, computadores, celulares e extratos bancários.
De acordo com o delegado José Guedes, três servidores foram alvos da operação. Dois deles foram afastados de suas funções; um deles, inclusive, foi encontrado com medicamentos da Unicat em sua residência. O terceiro servidor segue sob investigação.
O secretário da Sesap, Alexandre Motta, ressaltou a gravidade do desvio e explicou que a somatropina é um medicamento essencial no tratamento de distúrbios de Deficiência do Hormônio do Crescimento (DHC) em crianças. “As medicações são para os casos das crianças que estão com baixa produção hormonal. Se essas crianças não tomam essa medicação, elas ficam anãs, não alcançam a altura compatível com a idade. É algo muito grave”, afirmou.
A investigação identificou uma divergência de 700 ampolas do medicamento. O delegado detalhou o impacto financeiro. “Cada ampola é adquirida pela Sesap por um valor médio de R$ 60,00 e, no mercado paralelo, pode chegar a custar R$ 200,00”, disse. O secretário de Saúde avalia que a falha reside no sistema. “Essas pessoas acharam brechas. Então, sim, o sistema precisa ser aprimorado”, afirmou.
A diretora do Deccor, delegada Karla Viviane, destacou a dupla importância da ação. “Uma operação como essa não só reprime o crime, como tutela o patrimônio público, pois tem a oportunidade de propor melhorias ao órgão para realizar ajustes e mudanças que diminuam esses casos”, disse. Ela informou que as investigações continuam para responsabilizar toda a cadeia de venda e compra ilegal dos medicamentos. “Se alguém está desviando e vendendo, tem alguém que está comprando. As investigações continuam com as provas coletadas hoje, com a intenção de chegar o mais longe possível”, afirmou.
Fonte: Tribuna do Norte
Foto: Polícia Federal/divulgação
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