A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) negou registro de advogado do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.
A negativa é mais um capítulo na queda de braço entre a OAB e Barbosa.
O pedido foi feito a Comissão de Seleção da Ordem pelo advogado Ibaneis Rocha, que também preside a OAB-DF.
Rocha justificou o pedido alegando que a conduta do ex-ministro feriu a ética profissional quando presidia o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo.
Rocha citou dois desagravos feitos pela OAB em defesa de advogados enquanto Barbosa ainda estava no STF.
Uma delas, usada como argumento do presidente da OAB-DF, foi quando classificou como “arranjo entre amigos” a proposta de trabalho oferecida pelo advogado José Gerardo Grossi ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Em outro episódio, no qual Barbosa também foi criticado, o ministro expulsou do plenário do Supremo o advogado do petista José Genoino, Luiz Fernando Pacheco.
“Eu entendo que Joaquim Barbosa não tem condições de exercer a advocacia. Fiz o pedido de impugnação como advogado e não como presidente da OAB. Ele feriu a Lei 8.906/1994, que rege a advocacia”, disse Rocha.
Joaquim Barbosa já foi notificado da decisão e terá que recorrer à comissão de seleção para pedir anulação do despacho de Ibaneis Rocha.
Ele também pode recorrer à Justiça para ter direito ao registro da Ordem.
Barbosa é formado em Direito e antes de ser ministro do STF era procurador da República concursado.
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