quarta-feira, 29 de julho de 2015

Justiça aceita denúncia contra presidente da Odebrecht e mais 12

Marcelo Odebrecht passa a ser réu e responderá por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção.

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, aceitou denúncia contra o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais doze pessoas, incluindo executivos e ex-executivos da empresa, intermediários de pagamentos, o doleiro Alberto Youssef e ex-funcionários da Petrobras - os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Renato de Souza Duque, além do ex-gerente Pedro Barusco Filho. Com a aceitação da denúncia, todos passam a ser réus e deverão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção. As denúncias contra executivos da Andrade Gutierrez, feitas pelo Ministério Público Federal na última sexta-feira, juntamente com a Odebrecht, foram desmembradas e deverão ser alvo de uma nova decisão judicial.
No despacho, Moro afirma que o Grupo Odebrecht recorreu, entre dezembro de 2006 a junho de 2014, de depósitos no exterior para pagamentos de propina por meio de contas em nome de offshores, controladas pelo próprio Grupo, por intermediários ou pelos beneficiários. No total, teriam sido efetuados depósitos de USD 9,495 milhões para Paulo Roberto Costa, US$ 2,709 milhões para Renato Duque e de US$ 2,181.369,34 para Pedro Barusco. Costa recebeu ainda 1,925 milhão em francos suíços.
Para Moro, o presidente da Odebrecht estaria envolvido diretamente na prática dos crimes, orientando a atuação dos demais, o que estaria evidenciado principalmente por mensagens dirigidas a eles e anotações pessoais. O juiz lembra que há ainda possíveis pagamentos de vantagens indevidas a autoridades com foro privilegiado, a serem investigadas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) e que não foram incluídos na denúncia e que, diante das provas documentais, não é possíbvel afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores.
O juiz lembrou que, além das contas usadas pela empresa e pelos ex-diretores da Petrobras, os investigadores da Lava-Jato identificaram oito depósitos, num total de US$ 4,267 milhões, para a offshore RFY Importação e Exportação, em Hong Kong, que foi aberta por Leonardo Meirelles, que se apresenta como sócio da Labogen, e era usada pelo doleiro Youssef. O valor foi movimentado entre setembro de 2011 e maio de 2012.
Via RG em Notícia

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