terça-feira, 25 de novembro de 2014

Dilma deve oficializar nova equipe até quinta-feira

José Cruz/ABr
Miguel Rossetto deverá assumir o cargo de secretário-geral da Presidência da República
Miguel Rossetto deverá assumir o cargo de secretário-geral da Presidência da República


A presidenta Dilma Rousseff pretende anunciar a nova equipe econômica do governo até a próxima quinta-feira (27), após a aprovação da flexibilização das metas do superávit primário pelo Congresso. Caberá ao novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comunicar as medidas de contenção de gastos que o governo precisa adotar para ajudar a segurar a inflação ao ser oficialmente apresentado. Essa redução virá a partir de controle de despesas, por exemplo, com seguro desemprego, abono salarial e pensões especiais por morte. Dilma tem dito que não há sentido no fato de o País ter desemprego decrescente e as despesas com seguro desemprego continuarem subindo.

Além de Levy, Dilma quer incluir no pacote de anúncio o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e a manutenção do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Também integrarão a lista o secretário do Tesouro, os presidentes do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal, além do segundo escalão da Fazenda. Esse pacote incluiria ainda os novos ministros da Agricultura (Kátia Abreu) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Armando Monteiro).

Na sexta-feira passada (21), dia no qual Dilma pretendia anunciar sua equipe econômica do segundo mandato, os novos titulares da Fazenda e do Planejamento não tinham conseguido definir todas as indicações para ocupar os cargos estratégicos das duas pastas. Embora alguns nomes ainda estejam sendo fechados, já é dado como certo no Planalto que Luciano Coutinho não fica mais no comando do BNDES. Para o Banco do Brasil, os cotados são o secretário-executivo da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, e o vice-presidente de Varejo do BB, Alexandre Abreu. Para a Caixa, Jorge Hereda luta para continuar no cargo. 

Dilma fez questão de se reunir na manhã desta segunda-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Palácio do Planalto. Na conversa, Renan garantiu a Dilma que nos próximos dias estará aprovado no Congresso a flexibilização das metas do superávit primário. Dilma quer ter a proposta aprovada antes da divulgação da nova equipe econômica.

Na pauta do encontro da presidenta com Renan estava também a nomeação de peemedebistas para o segundo mandato. O PMDB ficou surpreso e irritado com a decisão de Dilma de indicar a senadora Kátia Abreu para a Agricultura, tradicionalmente da cota do partido. Ex-integrante do DEM e depois do PSD, Kátia se filiou ao PMDB para concorrer à reeleição no Senado e sua indicação está sendo considerada da “cota pessoal” de Dilma. A decisão de adiar o anúncio, muito provavelmente somente na próxima quinta-feira, está deixando apreensivos até mesmo auxiliares da presidenta. Para eles, a demora no anúncio oficial, após o vazamento de seus nomes, cria um desconforto generalizado e um desgaste desnecessário para os novos ministros.

Substituição
A esquerda do PT deverá ganhar mais espaço no segundo governo Dilma Rousseff, uma forma de amenizar as reclamações internas contra a indicação do ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura. Dilma decidiu pôr Miguel Rossetto na Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Gilberto Carvalho. Rossetto é um dos dirigentes da tendência Democracia Socialista (DS).

Para o lugar de Rossetto, que deverá deixar o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Dilma deverá chamar o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, também da DS e funcionário de carreira do Incra. Rossetto e Guedes só devem ser confirmados por Dilma no próximo mês. Nesta semana ela pretende concluir a escolha da equipe econômica, expectativa confirmada ontem pelo vice-presidente da República, Michel Temer, presidente do PMDB. “A presidente vai verificar esta semana se decide a questão da área econômica e o restante fica para depois.

Da Tribuna do Norte / Via Blog Comunicador Efectivo

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