Via Blog do Netinho Faustino
Foto: Reprodução
O investigador chefe Eduardo Lopes Monteiro, preso sob suspeita de corrupção e envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), apagou arquivos das câmeras de monitoramento de sua casa quatro dias após o assassinato de Vinícius Gritzbach — executado a tiros em 8 de novembro.
O crime ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, na região metropolitana, oito dias após Gritzbach denunciar o envolvimento de agentes à Corregedoria da Polícia Civil. Até o momento, 26 suspeitos foram presos, entre eles policiais civis e militares.
Além de providenciar que o HD das câmeras de sua residência fosse deletado, como consta em conversas de WhatsApp interceptadas pela Polícia Federal (PF), no celular do policial civil constavam registros somente a partir de 11 de novembro, três dias após o assassinato.
O aparelho, avaliado em mais de R$ 10 mil, foi apreendido em 17 de dezembro, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Eduardo Monteiro, em Bragança Paulista, no interior. Na mesma data, ele também foi preso. O acesso aos arquivos ocorreu após a quebra do sigilo telemático do aparelho, com autorização judicial.
Ações e arquivos suspeitos
A PF, apesar disso, conseguiu identificar alguns arquivos e ações suspeitas por parte do ex-chefe de investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O WhatsApp de Eduardo Monteiro, por exemplo, contava com 4031 contatos, dos quais 52 — a maioria policiais e advogados — também constavam na agenda do aplicativo de mensagens Signal.
Essa plataforma, como destacado pelos policiais federais, tornou-se um aplicativo “muito utilizado por criminosos” pelo fato de oferecer criptografia de ponta a ponta, além de “recursos como mensagens que se autodestroem e proteção contra capturas de tela”.
“[É] de muita estranheza existir comunicações entre policiais e advogados justamente por aplicativo sabidamente utilizado por aqueles que vivem à margem da lei”.
Para conversar com pessoas de fora do núcleo policial ou jurídico, no entanto, o investigador usava o WhatsApp.
Em uma troca de mensagens, com um provável técnico de internet, ele solicita, em 12 de novembro, o “apagamento completo do HD” no qual constam imagens das câmeras de monitoramento de sua casa. O profissional acionado por Eduardo Monteiro confirmou ter “zerado” o HD às 12h05 de 12 de novembro.
“Pode testar na câmera que você [vai] puxar algo da gravação só a partir de hoje às 22h10”, garante o profissional.
Metrópoles
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