quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Bradesco alerta para risco de recessão no Brasil em 2025, diz economista-chefe

Fernando Honorato prevê esfriamento da economia no segundo semestre devido aos juros elevados e queda no consumo.

Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco. — Foto: Marcelo Brandt/G1

O Brasil pode enfrentar uma recessão econômica já no segundo semestre de 2025, segundo o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato. Em entrevista à revista Veja, o especialista alertou que a combinação de juros altos, desaquecimento do consumo e redução dos investimentos pode levar o país a um cenário de retração econômica.

“O Banco Central foi assertivo ao dizer em seu comunicado que há possibilidade de a economia esfriar mais do que o imaginado. É exatamente o que nós esperamos. Nossa projeção atual é de que, com o juro a 15,25% ao ano, o Brasil estará em recessão no segundo semestre deste ano”, afirmou Honorato.

PIB pressionado por juros altos e desaceleração do consumo

O economista destacou que, embora o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2025 deva ser impulsionado pelo bom desempenho do agronegócio, a tendência é de desaceleração nos trimestres seguintes.

“O agro será um espetáculo em 2025 e vai inflar o PIB no primeiro trimestre. Entretanto, já veremos o consumo e o investimento esfriarem no segundo trimestre, e a nossa expectativa é que o PIB seja ligeiramente negativo no terceiro trimestre”, explicou.

O Bradesco projeta uma taxa Selic em 15,25% ao ano, o que contribui para o encarecimento do crédito, a redução da atividade econômica e o desaquecimento dos investimentos. Esse cenário pode levar o país a registrar dois trimestres consecutivos de queda no PIB, caracterizando uma recessão técnica.

Impactos e desafios para a economia brasileira

O alerta do Bradesco se soma às preocupações de outros analistas do mercado financeiro, que apontam para desafios da economia brasileira em 2025, incluindo:

  • Inflação persistente, que pressiona o poder de compra das famílias;
  • Juros altos, que dificultam o acesso ao crédito e reduzem o consumo;
  • Incertezas fiscais, com o aumento da dívida pública e desafios na gestão das contas do governo.

Apesar dos sinais de alerta, o economista destaca que o desempenho positivo do agronegócio pode amenizar parte dos impactos no início do ano. No entanto, ele reforça a necessidade de políticas econômicas eficazes para evitar uma recessão prolongada.

Via Mossoró News

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