domingo, 20 de outubro de 2019

Setor de geração elétrica puxa alta no consumo de gás natural no Nordeste

Em Brasília, deputados defendem aprovação da Nova Lei do Gás como forma de abrir concorrência no mercado e reduzir os preços do combustível no país.

Repórter Sara Rodrigues
O consumo de gás natural no Brasil cresceu 8,2% entre julho e agosto deste ano, cenário positivo que se repete no Nordeste. Na região, em números absolutos, o setor de geração elétrica foi o que mais utilizou o combustível no mês de agosto: 9,4 milhões de metros cúbicos ao dia. Na comparação com agosto de 2018, a maior alta foi registrada no segmento comercial (13,1%).
Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e foram divulgados nesta semana. Com a crescente demanda, parlamentares no Congresso Nacional têm se posicionado favoravelmente ao Projeto de Lei 6.407/2013, conhecido como Nova Lei do Gás.
Entre as propostas do texto está a redução do monopólio da Petrobras para abertura do mercado de gás natural no país. A intenção é que outras empresas importadoras possam entrar na competição, o que incentivaria a redução nos preços. Segundo o deputado Laercio Oliveira (PP-SE), a proposta é necessária para melhorar a distribuição do produto, que é menos poluente que o carvão mineral e o petróleo, por exemplo.
“Hoje o Brasil vive um momento de muita importância do gás para funcionamento das indústrias, de caminhões, para aplicação nas produções. O estado de Sergipe, por exemplo, vai produzir 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Então, esse projeto se tornou indispensável”, defende o parlamentar.
O texto, segundo parecer do relator, deputado Silas Câmara (REPUBLICANOS-AM), sugere a entrada de novos fornecedores de gás natural no Brasil, tornando o setor de transporte mais transparente e regulamentando as atividades de comercialização do gás. Para o deputado Benes Leocádio (REPUBLICANOS-RN), a expectativa é que haja uma melhoria em termos de infraestrutura dos gasodutos e queda do preço.
“É a possibilidade de destravar o mercado com aqueles que se interessam em investir no setor, visando o custo na ponta para os usuários. Da forma como temos hoje, há mais de uma década sem investimentos por parte do governo, sem dúvida há limitações e dificuldades para o consumidor. Essa possibilidade de lei pode melhorar a situação do comércio e do desenvolvimento do país”, pontuou Leocádio.
O coordenador do grupo de Economia de Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmar de Almeida, considera que a mudança na legislação representa um avanço porque vai trazer mais investimentos ao setor energético. “Em pleno século XXI, a gente tem um monopólio no mercado de gás, apesar de a lei dizer que é possível ter concorrência. Essa nova proposta de lei é justamente para resolver os problemas e possibilitar que o Brasil entre no contexto de competição no mercado de gás”, explicou o especialista.
Tramitação
O Projeto de Lei 6.407/2013 tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados, ou seja, não precisa ser votado em Plenário. Além da Comissão de Minas e Energia, onde deverá ser votada na quarta-feira (23), a proposta precisa ser aprovada ainda por outros três colegiados. Se tiver o aval dos deputados, a proposta será encaminhada para análise do Senado.
Sara Rodrigues
Sara iniciou a carreira jornalística como estagiária da Agência do Rádio, em 2014. Foi repórter da UnBTV durante 1 ano e 6 meses e retornou para a redação da ARB como repórter. É responsável pela coluna Diversão em Pauta, e cobre Política Internacional.

Via O Câmera

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