quinta-feira, 26 de março de 2015

Aposentada é internada em SP para tratar vício em internet

  • Luiz Setti/Jornal Cruzeiro do Sul
  • Isabel Ferreira, 54, reconheceu sua dependência após a intervenção da família
  • Isabel Ferreira, 54, reconheceu sua dependência após a intervenção da família
Após ficar por quatro anos imersa no mundo virtual e perder de vez o controle da vida real por causa de um jogo, uma aposentada de São Paulo resolveu encarar o vício e, há quatro meses, luta para vencê-lo. Sem contato com a rede desde então, Isabel Ferreira, 54, começa a redescobrir prazeres simples, como caminhar ao ar livre. A expectativa, entretanto, é que ela fique pelo menos mais três meses em tratamento e só depois tenha acesso limitado ao computador.
A aposentada foi internada a pedido dos familiares. Ela, que tem duas filhas e morava com a caçula --então com 16 anos--, conta que permanecia conectada 24 horas por dia.
Nos últimos dois anos, evitava inclusive de sair de casa por conta do vício. Comia em horários aleatórios, mas sem sair da frente do computador. Chegou a ganhar quase 40 kg, atingindo os 108 kg. "Minha vida era a internet. Nada mais importava, estava tão inserida naquele mundo virtual que nem via o que acontecia ao meu lado", conta.
Ela afirma ter perdido o controle sobre quanto tempo ficava conectada desde o momento em que aceitou o convite de amigos para um jogo de RPG (Role Play Game), disputado com outros jogadores, em tempo real, pela internet. Ela criou uma personagem, uma guerreira chamada Isis. "Eu queria vencer os desafios, evoluir o personagem. Comecei a ter contato com pessoas que jogavam e, quando não estava jogando, estava falando sobre o jogo com elas, também pela internet", disse.
A situação, segundo ela, se agravou há aproximadamente dois anos. "Cheguei a ficar mais de dois dias conectada, sem dormir. Mas parecia que estava jogando havia uma hora", lembra a aposentada, que informa que o contato com a família também foi prejudicado. "Eles me chamavam para sair, e eu não ia. Eu comia, bebia, fazia tudo em frente ao PC. Passei a não fazer meu serviço de casa e a nem interagir com minha filha, só o mínimo. Meu mundo era o computador", relata. "Eu deixei de fazer as coisas de que gostava, de sair para passear, de fazer natação. Não tinha mais horário para nada. Não atendia a campainha, celular. Só ficava no jogo."
Do site Uol / Via Blog Comunicador Efectivo

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