terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Tiro, brigas e até arrastão marcam o início de 2015 nas praias potiguares

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Durante o período de verão, as praias do Rio Grande do Norte, principalmente da Grande Natal ficam lotadas de turistas de todos os lugares do Brasil e também do próprio RN. Porém, o que era para ser um período de descanso e diversão, está se transformando em transtorno. Segundo moradores, veranistas e até mesmo um PM entrevistado pelo Jornal de Hoje, a falta de policiamento é o maior problema.
Um dos casos que demonstra bem a atual situação da segurança aconteceu nesse domingo (4), na praia de Graçandu, em Extremoz. Por volta das 22h, criminosos armados invadiram uma casa na qual quatro pessoas vindas de Goiás estão passando uma temporada e fizeram um arrastão no local. Segundo informações da Polícia Militar, os bandidos chegaram apontando armas para as vítimas e levaram todos para dentro da residência. Depois de alguns minutos no local, o bando fugiu levando celulares, televisão e outros aparelhos de uso doméstico, além de uma quantia em dinheiro não revelada.
Além do terror vivido, as vítimas ainda tiveram que esperar muito para a chegada da PM. “Um absurdo. Viemos para o Rio Grande do Norte para passar tempo com minha família e aproveitar as belezas do Estado. Agora nos deparamos com essa situação. Sinceramente, nem sei se vamos continuar aqui. Ligamos para a PM e eles demoraram quase uma hora para chegar. Ainda bem que fomos socorridos pelos outros moradores”, desabafou uma das vítimas.
O Jornal de Hoje entrou em contato com a PM da região e a resposta não poderia ser mais esclarecedora. “Infelizmente isso acontece muito (a demora da PM para chegar no local do crime). O arrastão nessa residência aconteceu às 22h. Nesse horário, nós temos apenas uma viatura para toda a Extremoz. Várias praias, todas lotadas e apenas uma viatura. O tempo que leva, para sair de Extremoz e nos deslocarmos para os locais, como foi o caso de Graçandu, é muito grande”, disse o policial que não quis se identificar.
Na praia de Pirangi, em Parnamirim, a situação não é diferente. Já na virada de ano, como o próprio JH divulgou na semana passada, uma imensa briga aconteceu logo no primeiro dia do ano. No meio da confusão, um tiro foi dado para cima, mas não atingiu ninguém. Um morador do local, Emanuel Freire, contou que ligou para a polícia, mas não obteve ajuda. “Durante a confusão, eu ainda tentei ligar para a polícia, pois ali não tinha nenhuma viatura, o que por si só já é um absurdo, pois todo mundo sabe que aquela região sempre tem muita gente no ano novo. Fiquei muito tempo tentando ligar para o 190, mas não consegui, só dava ocupado”.
Outro problema em Pirangi são os famosos “paredões”. Uma nota assinada por alguns veranistas da praia, entre eles o desembargador federal e presidente do TRF-5, Marcelo Navarro, traz diversas reclamações sobre o tema. “Hoje Pirangi tornou-se alvo das práticas poluentes e perturbadoras dos paredões de som durante toda noite, impedindo que tenhamos pelo menos dez minutos de descanso. Como se não bastasse, durante o dia, promotores de eventos instalaram verdadeiras arenas com grandiosas estruturas sonoras, promovendo a distribuição de kits e produtos. É extremamente fácil detectar os crimes ambientais cometidos, bastando apenas a utilização de um decibelímetro e máquina fotográfica para registrar a violência que estamos sendo vítimas”. A carta é destinada ao Ministério Público do RN e à Prefeitura de Parnamirim.
A reportagem tentou contato com a Polícia Militar, para tentar falar sobre a situação do policiamento nas praias, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta do atual comando. Em entrevista ao JH em dezembro, o sargento Emanuel Ciriaco, da Polícia Ambiental, afirmou que algumas ações seriam feitas no litoral para coibir os “paredões”. “Vamos realizar ações em todas as praias, tanto do litoral sul como do litoral norte. Faremos algumas ações dentro da Operação Litoral Mais Seguro. O Ministério Público já passou algumas recomendações e não vamos tolerar que comerciantes e populares utilizem os sons acima dos decibéis permitidos”.
Fonte: Jornal de Hoje. / Via Blog Tangaraense

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