A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreendeu, na manhã de ontem, sexta-feira (28), documentos na residência do professor Lindolfo Neto Sales, ex-secretário de Planejamento e ex-diretor do Detran/RN à época em que o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) foi governador do Rio Grande do Norte. Quando Garibaldi foi ministro da Previdência, Lindolfo era presidente do INSS. A casa fica em Natal. A ação, segundo a PF, faz parte da operação ‘Satélites 2’, um desdobramento da Lava Jato.
A assessoria do senador Garibaldi Filho informou que desconhece qualquer ação a respeito da chamada operação Satélites, nem a citação do nome de um ex-assessor nesta investigação.
Advogado de Lindolfo, Marcos Braga enviou uma nota ao G1 na qual se posiciona. Disse ele: “Na condição de advogado do Sr. Lindolfo Sales, esclareço que ele recebeu com surpresa a notícia da citação do seu nome na operação deflagrada hoje pela Polícia Federal, especialmente porque não teve acesso às razoes que a motivaram. De todo modo, prestará os esclarecimentos necessários para o pronto arquivamento da investigação”.
Ao todo, a operação tem 10 mandados, todos de busca e apreensão. Além do RN, também foram cumpridas quatro ordens judiciais no Distrito Federal, duas em São Paulo, duas em Alagoas e uma em Sergipe – todas autorizadas pelo ministro Édson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), dentro de um dos 13 inquéritos abertos para investigar o senador Renan Calheiros (PMDB). O principal alvo é o advogado Bruno Mendes, ligado a Renan.
A primeira fase da Satélites foi deflagrada em março. A operação tem esse nome porque os alvos são pessoas próximas aos políticos investigados na Lava Jato no âmbito do STF.
Ainda de acordo com a PF, o objetivo da operação é coletar provas de crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa, entre outros, em investigações relacionadas a desvio de recursos na Transpetro.
Informações do G1/RNFotos: ReproduçãoVia REDE NEWS 360