Os estudiosos do direito quando se referem a inocência de um acusado indicam um preceito constitucional, onde: “ninguém poderá ser considerado culpado sem existir uma condenação definitiva”. Simplesmente DIREITO DE INOCÊNCIA.
Muito embora a nossa Constituição seja uma das mais avançados do mundo, o DIREITO DE INOCÊNCIA tem sido vilipendiado por novas situações reais do sistema prisional brasileiro. No Rio Grande do Norte não poderia ser diferente. Agora, o MEDO, a ANGÚSTIA, a INCERTEZA, fazem parte do dia a dia daqueles que habitam o sistema prisional, acusados que ainda não foram julgados e estão presos aguardando o veredicto final da justiça.
No Rio Grande do Norte, alguns CDPs (local onde ficam os presos aguardando julgamento), tem trazidos exemplos a sociedade em buscar ofertar dignidade aos que ali se encontram. O CDP de Apodi/RN é um exemplo. Também o CDP de Patu/RN tem efetivamente demonstrado que com responsabilidade existe possibilidades de trazer oportunidades, onde hortas comunitárias, criação de peixes e aves, construção e ampliação dos próprios CDPs por eles mesmos, trazem a real possibilidade da sociedade fazer uma melhor avaliação e concluir que nem todos são culpados e que muitos buscam logo demonstrar sua inocência, aproveitando a oportunidade que ali é dada e mesmo preso provisoriamente, permanecem trabalhando durante o dia e somente se recolhendo durante a noite.
A esperança é que mesmo não provocando a inocência poderão no futuro, ter sua pena reduzida em um dia por cada três trabalhados.
Parte daqueles que confessam os crimes, esperam da justiça o direito de cumprir suas penas e logo depois voltar ao convívio da sociedade. No entanto, tal direito está ameaçado, pois, nasceu no sistema prisional a OBRIGATORIEDADE em PERTENCER a uma FACÇÃO CRIMINOSA. Simplesmente o ESTADO FALIU.
O que haverá de ser feito? E aqueles que não pretendem seguir as FACÇÕES? Como ficam? Será que vale a pena aguardar a Justiça? E enquanto a Justiça não chega? São reflexões que a sociedade tem que fazer. O problema é de todos. Quem não tem um parente que está sofrendo tal situação?
No CDP de Patu/RN, vários presos provisórios, pacientemente aguardam o julgamento com a oportunidade dada de ocupar o tempo com atividades em projetos mantidos pela direção, com a ajuda da sociedade. Sempre com a esperança de provar a inocência e todos temerosos em serem condenados e enviados definitivamente aos grandes presídios, onde a sobrevivência é coordenada pelas facções criminosas .
Em Patu, temos o exemplo de vários presos em tal situação e entre eles, está Antônio Romário, homem de pequeno porte físico, acusado de homicídio, estando ali há quase dois anos, aguardando o seu julgamento. Nega peremptoriamente que tenha cometido o fato que lhe disposto, inclusive durante a prisão, obteve o direito dado pelo juiz de se submeter a uma cirurgia e ficar em prisão domiciliar durante um período, voltando por conta própria ao cárcere. Com os olhos cheio de lágrimas diz – Doutor se eu quisesse tinha fugido lá de casa mesmo. – Não devo, não fugi. – Quero provar minha inocência.
Embora não tenha conhecimento técnico, ele, como muitos outros, está a buscar o DIREITO DE INOCÊNCIA.
A sociedade deverá por obrigação tomar cuidado ao declarar que um acusado é culpado. Não se está apenas aplicando a pena da lei, está também se condenando a uma determinação explícita de enviar alguém a masmorra comandada pelas FACÇÕES CRIMINOSAS.
A constituição prevê o DIREITO de INOCENTES. A lei das FACÇÕES CRIMINOSAS não analisa direitos, procurar mais membros não importa a situação.
Então a cada dia mais real a conclusão de que um culpado solto não é recomendável. Agora um inocente preso e condenado pela Justiça e pelas facções é o fim do Estado Democrático de Direito. O Estado faliu e a sociedade não poderá arcar com esse ônus.
O Curso promovido pelo CDP de Patu em parceria com o Sindicato Rural de Patu e o SENAR, ofereceu mais uma opção de capacitação profissional ao detento, com a duração de 30 Hs, o Curso teve o caráter prático, e todo material para as aulas foi ofertado.
Diante da importância do Projeto o TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA, FRUTICULTURA E PISCICULTURA, PEDRO LUCENA DE MEDEIROS, firmou parceria com o CDP de Patu para aplicar um CURSO BÁSICO de PISCICULTURA para os DETENTOS.
Rota Turismo RNFotos: ReproduçãoVia REDE NEWS 360
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