Na grande maioria dos casos, os jornalistas são os narradores das notícias, mas, em alguns casos, eles podem se tornar o tema principal de artigos e reportagens.
Seja pelas opiniões que possuem acerca de temas polêmicos – casos de Datena e Rachel Sheherazade – ou pelas palavras que acabam revelando convicções ocultas - como as de Boris Casoy e Paulo Henrique Amorim -, tais jornalistas vão para o lugar que, ironicamente, preferiam evitar: as manchetes.
O RD1 elencou cinco profissionais da imprensa que foram parar no banco dos réus devido a seus pontos de vista e viram sua trajetória profissional ser marcada pelas polêmicas nas quais se envolveram.
Confira:
Boris Casoy – Sem saber que seu microfone continuava ligado, o experiente âncora da Band ironizou dois garis que apareceram desejando “Feliz Natal” aos telespectadores.
Rindo, Casoy desdenhou dos profissionais e disse que ambos representavam “o mais baixo da escala do trabalho”. O jornalista ainda soltou um palavrão após ver a dupla.“Que m*! Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras!”.
O episódio repercutiu negativamente e, no dia seguinte, Boris pediu desculpas aos telespectadores, embora mantenha seu emprego até hoje. Anos depois, foi condenado a pagar R$ 21 mil a um dos garis ofendidos.
José Luiz Datena – Conhecido por não ter ‘papas na língua’, o apresentador do “Brasil Urgente” afirmou em 2013 que “um sujeito que é ateu não tem limites”.
Ao comentar o fuzilamento sofrido por um jovem, Datena também disse que crimes bárbaros ocorriam devido à “ausência de Deus” no coração de algumas pessoas. Ainda no mesmo dia, o jornalista pediu que fosse colocada no ar uma enquete pedindo a opinião do público sobre a relação entre o ateísmo e a violência.
O episódio revoltou organizações ateístas e Datena chegou a ser condenado pela Justiça a esclarecer suas palavras para os telespectadores e discorrer sobre a liberdade religiosa no Brasil. Após a sentença, o apresentador pediu desculpas ao vivo.
Jorge Kajuru – Um dos ‘campeões nacionais’ em ações judiciais, Kajuru já se envolveu em inúmeras polêmicas e coleciona desafetos que não param de se multiplicar.
O jornalista esportivo já trocou sopapos com um convidado no palco e chegou a ser demitido ao vivo quando estava na Band. Atualmente, trava uma batalha jurídica com Luciana Gimenez, a quem chamou de “burra como uma porta”.
Além da apresentadora, políticos, atletas e celebridades também já processaram Jorge devido a colocações polêmicas. Numa delas, ele acusou Boris Casoy – seu ‘colega’ na galeria de jornalistas polêmicos – de ser nazista e pedófilo.
Paulo Henrique Amorim – O apresentador do “Domingo Espetacular” foi condenado por injúria racial contra Heraldo Pereira, repórter da Globo.
Num artigo publicado em seu site pessoal, Amorim ironizou a atuação de Heraldo e afirmou que ele era “um negro de alma branca” e que “não havia revelado nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde”.
As palavras renderam a Paulo Henrique uma pena de seis meses de prisão, que acabou sendo anulada devido à sua idade. No fim, o jornalista apenas publicou uma retratação em jornais e pagou uma indenização que, a pedido de Heraldo, foi revertida para uma instituição de caridade.
Rachel Sheherazade – Seus comentários polêmicos na bancada do “SBT Brasil” renderam a Rachel uma legião de fãs, mas também uma coalizão de inimigos.
Há alguns meses, ao afirmar “ser compreensível” a ação de moradores que amarraram um menor infrator a um poste, Rachel foi obrigada a se retratar e, dias depois, perdeu o direito de emitir opiniões pessoais no telejornal.
O comentário também lhe rendeu uma ação civil pública, repúdio por parte de colegas e até mesmo pedidos para que seu diploma de jornalista fosse cassado.
Além do episódio isolado, a âncora costuma ser alvo de críticas e do ódio de grupos favoráveis ao aborto e à legalização das drogas, temas dos quais é crítica ferrenha.
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