quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sede do hub está definida e será Natal, acredita especialistas

Será que realmente existe uma concorrência, ou a LATAM já escolheu uma capital nordestina para sediar seu centro de conexões de cargas e passageiros (hub) no Nordeste? Para o professor Carlos Alberto de Medeiros, que ministra a disciplina de Logística e coordena o Departamento de Administração da UFRN, a questão já estaria definida. O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, conforme sua tese, é o único na disputa com capacidade técnica e logística para receber o empreendimento.   As razões são simples, argumenta. O investimento da companhia LATAM (união da LAN com a brasileira TAM) é de médio e longo prazo e exige uma área de expansão inexistente nas concorrentes Recife e Fortaleza, cujos aeroportos estão encravados em áreas urbanas. Ele não se refere apenas à capacidade de ampliação do terminal de passageiros, mas da própria possibilidade de construção de uma nova pista de pouso e decolagens, além da área para instalar operadoras de serviços logísticos – empresas de transporte de cargas e encomendas, por exemplo.   O professor aponta que este último é um ponto fundamental. Não são indústrias que se instalam ao redor de um hub, mas os operadores logísticos, para manusearem, distribuírem e despacharem cargas. Um exemplo disso, segundo ele, é o hub da Delta Airlines, em Atlanta, Estados Unidos. “Para você ter uma ideia, só a Fedex (que atua em mais de 220 países) tem vários centros lá. Outras empresas também estão ao redor do terminal”, coloca.     Apesar de ter sofrido críticas, ao publicar um artigo comparando os terminais, o professor afirma que em algumas décadas, o hub instalado no Nordeste poderá ser muito importante para a economia. “Não temos como alcançar Atlanta, porque ela é um hub há muitas décadas e vai continuar se desenvolvendo. Mas logo seremos a Atlanta de 2015”, considera.   O sítio aeroportuário da região metropolitana de Natal conta com 15 milhões de metros quadrados e é vizinho a uma área de expansão industrial regulamentada pelo Plano Diretor de São Gonçalo do Amarante, lembra Carlos Alberto. Para se ter uma ideia, o sítio do aeroporto de Fortaleza tem 5,3 milhões m², enquanto o de Recife 4,2 milhões m². Ambos são cercados pela urbe. “Quem vai correr o risco de se inviabilizar em longo prazo?”, questiona, ao se referir à decisão da companhia.    A posição de Natal, ainda de acordo com Medeiros, é outra vantagem. Apenas ela e Recife, considera, estão na rota, uma vez que “Fortaleza está mais dentro do continente. Se desviasse para Fortaleza, todo voo seria um pouco mais caro”, diz.   Questionado, então, qual a necessidade da concorrência entre as cidades, o professor explica que a empresa depende disso para conseguir melhores condições. “Eles não antecipam a decisão porque a empresa precisa disso para conseguir melhores condições e que o governo garanta a infraestrutura necessária”, coloca.    O relacionamento do professor com o Aeroporto Internacional Aluízio Alves é antigo. Em 2007, quando era sub-secretário de Turismo do Estado e coordenador do Prodetur, Carlos Alberto foi um dos responsáveis pela construção de um relatório enviado ao Gabinete Civil da Presidência da República com o objetivo de defender a construção do terminal. À época, o Governo Federal estudava desistir da obra.

Fonte: Novo Jornal / Via Blog Messias Online

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