quarta-feira, 29 de julho de 2015

Funcionário público de Itu diz adaptar moto para funcionar com água

G1 acompanhou teste de motocicleta com água do rio Tietê.
Proprietário garante ter andado 500 km com um litro de água.

Imagine andar 500 km usando água no lugar da gasolina como combustível para a moto? É o que promete o funcionário público Ricardo Azevedo, morador de Itu (SP). Após seis meses de pesquisas e testes, ele afirma ter conseguido adaptar de forma caseira uma Honda NX 200, ano 1993, para andar utilizando água, que chamou de Moto Power H²O. O G1 acompanhou um teste com a motocicleta usando água captada no rio Tietê, em Salto.

O funcionário público teve a ideia de adaptar a moto para economizar no trajeto até o trabalho em São Paulo. "Foi incentivo também para o meu filho, que trabalha na área química, continuar os estudos", diz.
Ele usou a experiência na área mecânica com os estudos do filho e conhecidos para montar o projeto em casa há seis meses. "Existem pesquisas que mostram uma economia extraordinária com o uso da água porque é um processo infinitamente mais barato", compara.
Cerca de R$ 6 mil já foram investidos no protótipo (entre testes e adaptações), que usa materiais simples como tubos de PVC, mangueiras de plástico, bateria automotiva e um reservatório de água usado em carros.
Azevedo explica que a moto utiliza um processo já conhecido no mundo da química e que vem sendo estudado há anos por cientistas. Após quebrar a molécula de água, em um processo conhecido como eletrólise, o motor da moto utiliza a combustão do hidrogênio para funcionar.
Um aditivo é colocado na água para aumentar a capacidade de transmissão de energia elétrica e ajudar na quebra das moléculas. O funcionário público explica que o gás então é levado até o carburador da moto, única adaptação realizada no veículo.
O processo só é possível porque, separado do oxigênio presente na água (H²O), o hidrogênio tem maior poder de combustão do que, por exemplo, a gasolina. Em um rápido teste usando o gás dos combustíveis presos em boApesar de Azevedo garantir a autonomia da moto, o instrutor e orientador da área automotiva do Senai de Sorocaba, Fábio Castro de Melo, explica que ainda é necessário cuidado no uso do hidrogênio como forma de combustível. “O poder de explosão é muito maior, mas é preciso amadurecer a tecnologia e questões de segurança antes de ser adaptado desta forma e usado no mercado em geral”, pondera.
Já Sandra Villanueva, pós-doutora em engenharia química pela Universidade de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de engenharia química da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), questiona a eficiência energética produzida com a queda da molécula de água em relação a autonomia proposta. “O sistema é fechado e não é alimentado com água o tempo todo. De repente não é só a eletrólise. Deve ser um processo combinado, no caso da bateria”, diz.
Sandra avalia ainda que o sistema depende da energia elétrica de um motor para funcionar. “Não é possível iniciar a eletrólise sem uma carga de energia. Nesse sistema, ainda é necessário recarregar a bateria com uma fonte externa. Então ele precisaria de uma forma de gerar essa eletricidade para o inicio da reação e armazená-la. Uma alternativa é usar o deslocamento da própria moto para gerar a energia”, diz.
A experiência já vem chamando a atenção de investidores e Azevedo conta nos dedos o número de reuniões agendadas neste mês de julho. "Uma montadora me chamou para encontros com a diretoria de marketing,  estive em um instituto em São Paulo e outro representante do Nordeste fez uma reunião comigo e também tenho encontros com representantes de governo. As pessoas estão querendo apoiar o projeto", comemora.
Segredos
Azevedo, entretanto, não divulga certos "segredos" usados na adaptação. Um cadeado na caixa do Moto Power H²O, por exemplo, em que a água passa pelo processo de eletrólise, já deixa claro que ela não será aberta ao público. Ele afirma que ali a água entra em contato com um microcircuito formado por placas de três metais diferentes e energia elétrica. A composição do catalisador colocado no tanque de água também é mantida "a sete chaves". "Existem coisas que não posso falar por ser segredo, mas todos os materiais são simples e feitos em casa", diz.lhas de sabão é possível ver a diferença nas explosões.
Fonte: G1 / Via Blog Messias Online

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