quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sindicatos fecham rodovias e protestam em 16 Estados contra terceirização

Foto: Daniel Sobral/Folhapress

Sindicalistas contrários ao projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil bloquearam rodovias federais, paralisaram o transporte público e organizaram passeatas em ao menos dezesseis Estados na manhã desta quarta-feira. A norma aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada autoriza a terceirização de todas as atividades empresariais no setor privado – as estatais foram excluídas do texto que segue para apreciação no Senado. Antes, apenas atividades secundárias e auxiliares das empresas podiam ser feitas por funcionários terceirizados.

As marchas são lideradas por entidades ligadas ao PT, como a CUT, CTB, Nova Central, Intersindical e Conlutas. Também participam a UNE, o MST, o MTST, a Central de Movimentos Populares (CMP) e a Frente de Luta pela Moradia (FLM). Até o fim do dia, a mobilização batizada “Dia Nacional da Paralisação” está programada com protestos em 25 capitais.

Em São Paulo, houve interdição no quilômetro 19 da Rodovia Anhanguera, que liga a capital ao interior do Estado. Segundo a concessionária AutoBan, um grupo de 100 pessoas que ocupou todas as faixas no sentido capital paulista desde as 7 horas e ateou fogo em pneus. Na Via Anchieta, o protesto com cerca de 5.000 pessoas interrompeu o trânsito na pista marginal, sentido litoral, na altura do quilômetro 15. A Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, teve o tráfego bloqueado na pista marginal, em Guarulhos (SP), até as 6h30.

As centrais sindicais devem promover uma passeata na Avenida Paulista, às 15 horas, em frente à sede da Fiesp (Federação de Indústrias do Estado de São Paulo). As federações de indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e de Pernambuco (Fiepe), que apoiam a terceirização, também serão alvos de protestos à tarde. No Rio, a previsão é que a marcha saia da Cinelândia às 16 horas.

Em Porto Alegre (RS), os funcionários dos Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) aderiram à paralisação e a empresa informou, por volta das 6 horas, que não há previsão de circulação dos trens na manhã desta quarta-feira. Os ramais ligam a capital gaúcha a cidades da região metropolitana. Metalúrgicos e bancários devem aderir ao protesto ao longo do dia. Os motoristas de ônibus também pararam.

Em Curitiba (PR), sindicalistas e integrantes de movimentos sociais interditaram, às 6h50, o quilômetro 600 da BR 376, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Eles tratam o projeto de lei como “picaretagem”.

Nas primeiras horas da manhã, os sindicatos de rodoviários da Bahia fizeram um protesto e não tiraram os ônibus da garagem em Salvador. Em Recife (PE), os motoristas bloquearam as principais ruas do Centro com os ônibus parados. Eles não voltarão a circular antes do meio-dia. As atividades só foram retomadas por volta das 8 horas. Em São Luís, no Maranhão, cerca de 100 integrantes de sindicatos bloquearam o quilômetro 0,5 da BR 135.

Veja / Via Blog do JBelmont

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