quarta-feira, 22 de abril de 2015

Economista dá orientações para evitar acúmulo e atraso no pagamento de dívidas

Atualmente, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos está endividada
Atualmente, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos está endividada
De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), o número de consumidores inadimplentes no Brasil teve aumento de 3,76% somente no mês de março deste ano. Ao todo, há cerca de 54,7 milhões de pessoas endividadas no país, o que representa 37,5% da população entre 18 e 95 anos. A equipe do jornal O Mossoroense conversou com economista a fim de saber o que é possível fazer para evitar a acumulação e a não quitação de dívidas.

"A falta de planejamento financeiro ainda é um dos fatores que mais contribuem para o endividamento dos brasileiros. No entanto, somada a essa falta de educação financeira, temos passado por uma crise nos últimos dois anos com inflação em alta e corrosão do poder aquisitivo. Por isso, o ideal é se planejar", disse o economista Carlos Escóssia.

Entre as medidas apontadas para a redução de dívidas estão o corte de gastos supérfluos e lista de tudo o que é gasto diariamente. Com a tabela, será possível, segundo o economista, detectar pequenos gastos que, à primeira vista não fazem diferença, mas que, acumulados, no final do mês, pesam no orçamento.

Outro índice que sofreu aumento no mês passado foi o de procura por crédito, com alta de 16,7% em relação a fevereiro de 2015 e de 14,9% em relação a março do ano passado. No primeiro trimestres de 2015, o percentual acumulado de procura por crédito teve alta de 5,9% em relação a 2014, o que, segundo economistas, reflete o momento difícil da economia brasileira e exige adaptações por parte dos consumidores.

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Mossoró, Getúlio Vale, não é possível precisar os índices de inadimplência no município devido ao fato de grandes redes que atuam nacionalmente a bancos enviarem dados sobre dívidas não pagas para suas centrais fora da cidade. Entretanto, ele conta que, assim como no restante do país, tanto a procura por crédito quanto o endividamento dos mossoroenses têm crescido por causa de fatores como desaceleração nos níveis de emprego.

"A procura por crédito é sempre grande tanto em bancos quanto nas próprias lojas. Porém, é importante ressaltar que, aumento na demanda não significa elevação na liberação de crédito, que tem sofrido queda devido ao atual momento da economia, aos baixos salários e desaceleração de criação de empregos", conclui Getúlio Vale.
Cartão de crédito tem os juros mais altos do mercado e é tido como armadilha para compras por impulso
Além das medidas já apontadas por economistas, em tempos em que o dinheiro em cédula tem se tornado forma secundária de pagamento, embora pareça difícil, a moderação no uso do cartão de crédito pode contribuir com a saúde financeira. O cartão possui juros altos e é tido como uma armadilha para aqueles que costumam comprar por impulso devido à ilusão de que não se está gastando na hora da compra.

"Hoje, os juros dos cartões de crédito são os mais altos do mercado, superiores até a muitas taxas de financiamentos bancários. O ideal é evitar pagar somente o mínimo, pois o juro que é cobrado sobre o restante é muito alto e, caso o cliente não consiga pagar, quando for negociar, também estará sujeito a altas taxas de juros", explica Carlos Escóssia.

O economista afirma que, para pagar contas é comum que algumas pessoas recorram a empréstimos pessoais e consignados. Contudo, ele orienta os consumidores a compararem os juros cobrados pelos credores e pelos bancos. Caso a taxa de juros da dívida seja superior à do empréstimo, este último pode ser uma boa saída, pois possibilitaria ainda a negociação de abatimento no valor da conta em atraso com o pagamento à vista.
O Mossoroense. / Via Blog Claudio Oliveira

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