domingo, 19 de abril de 2015

Brasil prepara novo ciclo de investimento e crescimento, dirá Levy na plenária do FMI


Ministro da Fazenda vai enfatizar que 2015 é um ano de transição, e equilíbrio fiscal é essencial pra retomada do PIB.
WASHINGTON - O ajuste fiscal e as reformas encaminhadas ao Congresso Nacional no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff constituem um plano de preparação do Brasil para um “novo ciclo de investimento e crescimento”, dirá na manhã deste sábado o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao conselho político que reúne os 188 países-membros do Fundo Monetário Internacional (FMI), chamado de Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês). É a primeira participação de Levy na plenária e ele fará uma exposição que é uma carta de intenções e compromissos do Brasil.
O ministro da Fazenda enfatizará que 2015 — quando o FMI projeta retração de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), após estagnação (alta de só 0,1% no ano passado) — é apenas “um ano de transição para a economia brasileira”, durante o qual o governo brasileiro vai demonstrar estar comprometido “com uma rápida revisão da situação fiscal, tendo em vista a estabilidade e eventualmente o declínio da relação dívida/PIB”, segundo cópia do discurso obtida pelo GLOBO.
Como tem feito em suas declarações públicas e privadas, a investidores, à gerência do Fundo, academia e empresários, Levy apostará no discurso numa mensagem otimista sobre o Brasil.
— Desde o último encontro do IMFC (outubro de 2014), o Brasil adotou um novo conjunto de políticas para recuperar o equilíbrio fiscal e preparar a economia para um novo ciclo de investimento e crescimento — afirmará Levy.
O tom é bem diferente dos últimos discursos do ex-ministro Guido Mantega, que adotou uma estratégia de confronto com o FMI, o qual acusava de pessimismo exagerado sobre os mercados emergentes Levy optou por mostrar que, a despeito dos problemas existentes, que o ministro não questiona, o Brasil arregaçou as mangas e decidiu encará-los.
— O equilíbrio fiscal é condição necessária para a retomada do crescimento, mas é preciso fazer mais. Por isso, as autoridades econômica e monetária no Brasil estão também trabalhando com o Congresso em uma ampla agenda de mudanças estruturais para melhorar o clima de negócios, aumentar a produtividade e enviar sinais correto sobre preços para estimular investimentos — dirá Levy.
Entre as medidas destacadas, estão a reforma do sistema de pensões e benefícios trabalhistas, a reavaliação das desonerações tributárias e “uma gama de medidas para estimular uma nova dinâmica no mercado de capitais e fomentar o investimento em infraestrutura”.
O objetivo do governo extrapola os ganhos de competividade e produtividade, explicará Levy:
— Combinadas, as agendas fiscal e de crescimento estrutural têm como objetivo proteger os ganhos sociais da última década e fortalecer a nova classe média, oferecendo inclusão social por intermédio de novas oportunidades.
O ministro da Fazenda garantirá que este processo dará resultados rápidos:
— Dada a diversidade da nossa força de trabalho, o vigor do setor privado brasileiro e a solidez do sistema financeiro do Brasil, esperamos uma realocação relativamente rápida de recursos a retomada do crescimento, puxada pela expansão das exportações, entre outros fatores.
O GLOBO / Via RG em Notícia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ATENÇÃO !!!

Prezado Amigo Web-Leitor, não publicarei comentários anônimos e, também, não aceito nenhum tipo de ofensas morais que possam vir a denigrir a imagem de alguém e não me responsabilizo por comentários que alguém possa vir fazer.
Pois, antes de fazer o seu comentário, se identifique e se responsabilize.

Desde já fico grato !!!

Cordiais saudações,

CLAUDISMAR DANTAS -
(Editor - Blog PATU EM FOCO).