quarta-feira, 18 de março de 2015

Sistema penitenciário potiguar tem oitavo dia de motins

Nathallya Macedo Do G1 RN

Presídio Rogério Coutinho Madruga recebeu reforço para conter motim (Foto: Bessie Cavalcante/G1)

Detentos da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, que fica no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, deram início a um novo motim na manhã desta quarta-feira (18). Segundo o diretor Osvaldo Rossato, o tumulto começou por volta das 9h30, mas já está sob controle. Nesta terça-feira (17), presos já haviam causado danos nas quatro alas da unidade. O presídio possui mais de 400 detentos.


Nathallya MacedoDo G1 RN

Presídio Rogério Coutinho Madruga recebeu reforço para conter motim (Foto: Bessie Cavalcante/G1)

Detentos da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, que fica no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, deram início a um novo motim na manhã desta quarta-feira (18). Segundo o diretor Osvaldo Rossato, o tumulto começou por volta das 9h30, mas já está sob controle. Nesta terça-feira (17), presos já haviam causado danos nas quatro alas da unidade. O presídio possui mais de 400 detentos.De acordo com o diretor, os internos tentaram quebrar as grades que dão acesso de uma ala para a outra. "Recebemos reforços e os agentes penitenciários conseguiram conter o motim", afirmou.

Na manhã desta quarta-feira (18), presos do Centro de Detenção Provisória de Potengi também se amotinaram. Segundo Marcos Paulo de Souza, diretor da unidade, o tumulto começou por volta das 7h, mas também já foi contido.

A Polícia Militar invadiu o Centro Educacional de Caicó, na região Seridó do Rio Grande do Norte, na manhã desta quarta-feira (18) e libertou os dois educadores que eram mantidos reféns por menores infratores. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), a situação foi controlada e não há feridos.

Os menores infratores do Ceduc de Caicó se rebelaram na tarde desta terça (17) e fizeram quatro educadores reféns. A PM não sabe se o motim no Ceduc de Caicó está relacionado com a onda de rebeliões que acontece no sistema prisional potiguar desde a semana passada.

Visitas íntimas são suspensas
Em razão da crise, as visitas íntimas nas unidades prisionais do estado, benefício que é concedido sempre às quartas-feiras, estão suspensas. A decisão é da secretária da Segurança Pública e da Defesa Social, Kalina Leite, que acumula interinamente a Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc). “Não se trata de uma punição. É apenas uma questão de segurança até o controle ser totalmente retomado nas unidades em risco e onde houve depredação. As visitas sociais, nos fins de semana, devem acontecer normalmente”, afirmou.

Onda de rebeliões

A onda de rebeliões que acontece no sistema penitenciário potiguar começou na última quarta-feira (11) e já atingiu 14 das 33 unidades prisionais do estado.

Na Zona Norte de Natal, quatro unidades registraram rebeliões: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).

Também aconteceram revoltas no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, também em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), em Parnamirim.

No interior foram registradas revoltas na Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró; na Cadeia Pública de Mossoró; no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na região Agreste; na Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó; e nas cadeias públicas de Caraúbas e Nova Cruz.

Reinvidicações
Uma TV e um ventilador em cada uma das celas, roupas e tênis para jogar bola na quadra e material de artesanato estão entre as reivindicações dos detentos do presídio estadual Rogério Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal.

Os pedidos dos presos, que fazem uma série de rebeliões desde a semana passada, estão em uma carta obtida com exclusividade pelo G1.
Carta com a reivindicação dos presos foi entregue
à Secretaria de Segurança do RN (Foto: G1/RN)

Além da carta, detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas (veja abaixo). Esta é a maior unidade prisional do estado e apontada como foco do início das rebeliões.

A situação levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.

A Secretaria de Segurança Pública afirma que"não vai negociar com preso". Segundo o Ministério Público, a população carcerária no Rio Grande do Norte é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.


Fonte: G1 RN / Via DANTENSE NEWS

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