quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Mossoró fecha o ano de 2014 com violência recorde

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O município de Mossoró vive o momento mais violento de sua história, em que o número de crimes tem crescido não só na zona urbana, mas também na área rural.


No entanto, entre os principais acontecimentos violentos que atemorizam a população estão os homicídios, com pessoas mortas vítimas de arma de fogo, arma branca, espancamento e estrangulamento, que contabilizaram 193 assassinatos, batendo todos os recordes de anos anteriores.

Segundo registros das polícias Civil, Militar e do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep), as ações criminosas envolvendo os homicídios superaram 2011, até então o ano mais violento de todos os tempos, com 186 assassinatos.

As cenas envolvendo homicídios já se tornaram rotina, a ponto de não causarem mais surpresa na população. “O registro de homicídios, quase todo dia, não causa mais impacto na população, que passou a ver as mortes apenas como estatísticas. Você vai a um local de crime e vê quando populares chegam logo perguntando quantos crimes já somaram. Não se preocupam com o ser humano que está estendido no chão e sim com o número de assassinatos. Infelizmente, essa é a realidade que se vê nas ruas de Mossoró”, destacou o jornalista Regy Carte, editor do jornal O Mossoroense On-line.
Itep

Além das mortes por homicídios, registradas em Mossoró, números fornecidos pelo Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) apontam crescimento em número de corpos necropsiados este ano em relação ao ano de passado.

De acordo com as estatísticas, até a manhã da quarta-feira (31), já haviam sido necropsiados 830 corpos, enquanto em 2013 foi contabilizada a necropsia de 806 cadáveres.

Os corpos necropsiados no Itep Mossoró, conforme a direção do órgão, são provenientes de 67 municípios, que compõem a competência de atividade da unidade. “A equipe do Itep de Mossoró cobre uma área muito grande. Nossa equipe, muitas vezes, sai para realizar um local de morte e chega a percorrer quase mil quilômetros. 

Em algumas ocorrências, o Itep é acionado para Macau, por exemplo, e antes de voltar à sede, é chamado para a ‘tromba do elefante’ (Alto Oeste). Quando retorna para Mossoró, tem percorrido cerca de 900 quilômetros”, explicou o diretor do Itep, Valentim Marinho.

Defur registra cerca de seis mil furtos e roubos em Mossoró em 2014

Dados da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) apontam que até o mês de novembro foram registrados, em Mossoró, 5.436 furtos e roubos, nos quais as vítimas procuraram a unidade especializada para registrar queixa. No entanto, esse número ainda pode ser maior, uma vez que 5% das vítimas não procuram a delegacia para confeccionar o Boletim de Ocorrência.

Segundo informações repassadas pelo Cartório da Defur, 2.271 pessoas foram vítimas de furtos, enquanto 3.165 sofreram roubos. “Os números são alarmantes, nunca se roubou ou furtou tanto em Mossoró. Acredito que essa quantia exorbitante seja em decorrência do tráfico e consumo de drogas, haja vista que, para manter o vício, os ‘noiados’ cometem muito esse tipo de ação”, explicou um investigador da Defur.

Ainda conforme a Defur, algumas vítimas dos ladrões, por não acreditarem ou por medo de represália, não procuram a delegacia para prestar queixa, levando assim à impunidade dos acusados, que a cada dia estão mais ousados em suas ações.

“Infelizmente muitas pessoas que são vítimas de furtos ou roubos não prestam queixam, seja por não acreditarem que a polícia encontre os culpados ou por medo de denunciar os suspeitos”, concluiu o chefe do cartório da Defur.

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