sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

EXECUÇÃO DE BRASILEIRO E MAIS 5 NA INDONÉSIA SERÁ DOMINGO, DIZ AGÊNCIA

Marco Archer Cardoso Moreira em vídeo obtido pelo cineasta Marcos Prado, que prepara documentário sobre o controlador de voo (Foto: Reprodução/TV Globo)

O Gabinete da Procuradoria-Geral da Indonésia confirmou que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira e outros cinco condenados por tráfico de drogas serão executados neste domingo (no horário local), de acordo com informações da agência de notícias Reuters e de jornais locais.

Além do brasileiro, há entre os condenados um indonésio, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita. Apesar de a Indonésia não ter realizado nenhuma execução durante o ano de 2014, está previsto para este ano o fuzilamento de 20 prisioneiros.

De acordo com jornais locais, as autoridades do país afirmam que já foram preparados “o esquadrão de tiro, um clérigo e médicos”, e que as execuções ocorrerão simultaneamente. A Procuradoria explica ainda que os condenados são avisados da execução com três dias de antecedência para que possam se preparar mentalmente e para que façam seus últimos pedidos.

As leis da Indonésia contra crimes relacionados com drogas estão entre as mais rígidas do mundo, e contam com o apoio da população. "Com isso (as execuções), mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes", relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.

Se as sentenças forem cumpridas, serão as primeiras execuções do mandato do atual primeiro-ministro, Joko Widodo, que chegou ao Executivo em outubro do ano passado.

Widodo, que representa para os ativistas uma esperança de uma mudança no país, reiterou que não perdoará as penas de morte dos condenados por tráfico de drogas. "O novo governo indonésio jurou o cargo com a promessa de melhorar o respeito pelos direitos humanos, mas levar tais execuções adiante seria um retrocesso. As autoridades deveriam estipular, de maneira imediata, uma moratória no uso da pena de morte, visando sua eventual abolição", opinou o representante da AI.

O Itamaraty informou apenas que continua mobilizado e acompanha o caso, avaliando “todas as possibilidades de ação ainda abertas”. O governo brasileiro afirmou que não dará detalhes sobre as decisões tomadas.

A Anistia Internacional (AI) pediu nesta sexta-feira (16) que o governo da Indonésia não realize as execuções. "As execuções devem ser interrompidas imediatamente. A pena de morte é uma violação dos direitos humanos", disse Rupert Abbott, diretor de pesquisa da AI para o Sudeste Asiático e o Pacífico, em comunicado.

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