segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CORPO DE MARIA DELLA COSTA SERÁ SEPULTADO NESTA SEGUNDA-FEIRA, (26)

O corpo da atriz Maria Della Costa passou a ser velado na Câmara de Vereadores de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, a partir das 21h deste domingo (25). Ele é aberto a quem quiser prestar as últimas homenagens a umas das maiores atrizes do teatro brasileiro.

Corpo de Maria Della Costa é velado na Câmara de Vereadores (Foto: Marcos Landim/TV Rio Sul)
O enterro está marcado para as 11h desta segunda-feira (26), no Cemitério Municipal de Paraty, cidade onde Maria morou durante cerca de 30 anos e foi proprietária de uma pousada. O estabelecimento, na Rua do Comércio, no Centro Histórico, foi vendido em 2011, mas ela mantinha uma relação de carinho com a cidade.

"A Maria não era só um patroa. Ela era uma mãe, uma amiga, uma companheira. Ela não só ensinava, como ela corrigia, como educava e nos ensinava a ter postura no trabalho. Foram anos maravilhosos de minha vida", disse João Cristo da Guia, gerente da pousada, que trabalhou com Maria durante três anos.
Atriz Nathalia Timberg compareceu ao velório de Maria (Foto: Fernanda Rouvenat/ G1)
Até as 14h deste domingo, a despedida acontecia no Theatro Municipal do Rio, onde estiveram familiares e amigos, entre eles atores como Nathalia Timberg. "Eu acompanhava a trajetória da Maria e ela Foi uma operária abençoada do teatro. Com força com dignidade e sucesso. Uma pessoa linda que ela foi, mesmo quando já estava debilitada pela doença", disse Nathalia Timberg.

Maria Della Costa morreu às 16h30 de sábado (24), aos 89 anos. Ela estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, e teve um edema pulmonar agudo. Ela não tinha filhos.

Maria Della Costa morreu aos 89 anos (Foto: Divulgação/Prefeitura de Paraty)Com a carreira iniciada aos 18 anos, em 1944, ela interpretou papeis em obras como Anjo Negro, de Nelson Rodrigues, Prostituta Respeitosa, de Sartre, Ralé, de Gorki, O Canto da Cotovia, de Anouilh, Com a Pulga Atrás da Orelha, de Feydeau, Mirandolina, de Goldoni, A Casa de Bernarda Alda, de Lorca, A Rosa Tatuada, de Tennessee Willians, Moral em Concordata, de Abilio Pereira de Almeida, A Alma Boa de Se-Tsuan, de Brecht, Gimba, de Guarnieri, O Marido vai à Caça, de Feydeau, Depois da Queda, de Arthur Miller, As Alegres Comadres de Windsor, de Shakespeare, entre outras participações memoráveis.

Ao lado de seu segundo marido, Sandro Polloni, um amor para toda a vida, ela fundou em 1948 o Teatro Popular de Arte, no Rio de Janeiro, origem da Companhia Maria Della Costa, sediada em São Paulo, que se tornou, com a inauguração da própria casa de espetáculos em 1954, uma referência preciosa do bom teatro no Brasil. Para estruturar a companhia, o casal trouxe da Itália um dos maiores encenadores do palco nacional, Gianni Ratto.

Maria também foi responsável por lançar grandes nomes do teatro, como Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ney Latorraca, e os diretores Ruggero Jacobbi, Gianni Ratto, Graça Mello, Eugênio Kusnet, Flavio Rangel e Jairo Arco Flexa. Na televisão, interpretou papéis nas novelas Beto Rockfeller e Estúpido Cupido.

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