segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

RN registrou 17 homicídios durante o final de semana, informa o CEDH


Em Caicó, foram registrados três assassinatos. Este ano, Caicó já registrou 33. Em Mossoró, foram outros três assassinatos e vários baleados. Este ano, Mossoró já superou a casa dos 180 assassinatos, se aproximando do número registrado em 2013.

No Rio Grande do Norte, até este domingo, haviam sido assassinatos 1.630 pessoas neste ano de 2014.

Os dados são do Conselho Estadual de Direitos Humanos, que tem a frente o advogado Marcos Dionísio e o pesquisador e especialista em Segurança Pública Ivênio Hermes. Ambos estão preocupados com a crescente da violência e a falta de politicas públicas para combater.

Para Ivenio Hermes, não se trata apenas das vidas ceifadas, mas de toda uma destruição social. Para cada homicídio, estima-se em pelo menos 3 familias destruídas. Se nos últimos 4 anos foram quase de 6 mil assassinatos no Rio Grande do Norte, são cerca de 20 mil famílias vivendo no medo.

Outro ponto observado pelo pesquisador, é que não se trata também só de assassinatos e seus familiares vivendo em pânico, que já é tráfico, mas também de pessoas que são baleadas sem ter relação alguma com as disputas de gangues ou ataques de grupos de extermínios.


Em outro caso na noite deste domingo, 7, o adolescente de 16 anos foi baleado na perna quando chegava em casa. Ele não era o alvo dos atiradores. Trata-se de uma guerra entre as favelas do Papôco e Pirrichil, que já ceifou a vida de dezenas de moradores dos dois lados nos últimos dez anos.

Para o advogado Marcos Dionísio, as famílias de boa índole vivem em situação de medo e isto pode ser visto em suas residências com muros altos, com cerca de arame farpado, alarmes, cães de guarda, seguranças armados nas ruas. O gasto com segurança privada termina por comprometer o orçamento familiar.

E no quadro de não existir políticas públicas capazes de reduzir a violência, como fez o Estado do Pernambuco, a situação só se agrava no Rio Grande do Norte, chegando a números assustadores, de quase 5 vezes o percentual considerado epidêmico pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Do Jornal de Fato / Via Blog Comunicador Efectivo

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