domingo, 7 de setembro de 2014

Reservatórios de água em comunidades rurais poderão entrar em colapso até o final do ano

Vendo aproximar-se o final do terceiro ano consecutivo de estiagem na região, o pequeno agricultor da região Oeste do Estado tem motivos de sobra para se preocupar. Das 133 comunidades rurais de Mossoró, algumas poucas ainda podem sentir-se privilegiadas pelo fato de terem poços que até o momento amenizam os problemas de abastecimento de água para o consumo humano, mas ainda assim, caso não ocorram chuvas até o final do ano, correm o risco iminente de secarem.

O presidente do Sindicato da Lavoura de Mossoró, Francisco Gomes, mostrou-se bastante preocupado com a situação e pediu uma união entre os governos para solucionar o problema: "Assentamentos como o São Romão, o Oziel Alves e o sítio Pau Branco ainda vivem um momento razoável por terem alguma água ainda disponível, mas a tendência é que até o final do ano essa reserva acabe. O assentamento Maracanaú, que faz divisa entre Mossoró e Assú, já se encontra passando por dificuldades extremas. É preciso que se unam os governos municipal, estadual e federal para amenizarmos essa situação".

Ainda segundo Gomes, atualmente o município conta com o apoio do Exército Brasileiro, por intermédio da “Operação Carro-Pipa”, abastecendo mais de 30 comunidades rurais, porém já está sendo realizado um cadastramento nessas mesmas localidades, limitando a distribuição em 20 litros de água por dia por pessoas, a fim de viabilizar uma ampliação a outros setores.

Buscando atenuar o problema, 53 comunidades contam ainda com dessalinizadores, que têm a sua manutenção financiada pelo poder público municipal e que têm ajudado neste momento de grandes dificuldades.

Os rebanhos também são vítimas iminentes neste período de estiagem extrema. Francisco Gomes informa que o gado começa a sentir as ações da seca e muitas vacas, algumas em estado de gestação, tem morrido de fome e sede. "O rebanho caprino, mais resistente, ainda não chegou à mortandade, mas também não resistirá por muito tempo, caso não ocorram chuvas", declara.
Meteorologia não aponta chuvas que possam resolver o problema do homem do campo até o final do ano.
O meteorologista Gilmar Bistrot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), não aponta boas notícias para os próximos meses para o trabalhador rural de Mossoró e região.

"Por enquanto, esse cenário aí presente permanecerá durante os meses de setembro, outubro e novembro, meses que são os mais secos do ano na região, mesmo que ocorram algumas chuvas, estas não serão suficientes para alterar tal cenário", informou.

Para o ano que vem, segundo Bistrot, ainda não há como se fazer alguma previsão: "Como estamos no princípio de setembro, no final do inverno no Hemisfério Sul, as informações referentes às variáveis oceânicas/atmosféricas ainda não podem ser utilizadas para realizar qualquer prognóstico para o período chuvoso de 2015".

O meteorologista informou que somente a partir do início de outubro é que se pode iniciar estudos sobre a previsão de chuvas para o ano que vem, quando terão as informações mais precisas sobre as temperaturas dos oceanos Pacífico e Atlântico, que influenciam diretamente nas chuvas no Nordeste do Brasil.
FONTE: O MOSSOROENSE / Via Blog RGNews.com

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