quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Flamengo vence o Atlético-MG de virada no Maracanã

Eduardo da Silva entra no segundo tempo, sofre pênalti do empate e faz o gol da vitória por 2 a 1.

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Léo Moura empatou o jogo cobrando pênalti sofrido por Eduardo da Silva. Atacante da seleção croata iria fazer, depois, o gol da virada Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Léo Moura empatou o jogo cobrando pênalti sofrido por Eduardo da Silva. Atacante da seleção croata iria fazer, depois, o gol da virada - Alexandre Cassiano / Agência O Globo

RIO - O Maracanã cheio é capaz de grandes feitos quando se trata de Flamengo. Seja pela posição na tabela, seja pela capacidade técnica dos times, pouca coisa indicaria que o rubro-negro fosse capaz da virada que conseguiu nesta quarta-feira diante do Atlético-MG. Difícil era convencer a torcida do Flamengo de que não era possível. Para melhorar, o time, contagiado pela arquibancada, concordou, acreditou. Foi de uma entrega comovente no segundo tempo. A vitória por 2 a 1 retratou a diferença entre um time que queria mais do que o rival. Obra de quem foi ao estádio torcer, mas foi como se jogasse. O time pode, e deve, agradecer à torcida por ter chegado a 19 pontos, abrindo quatro da zona de rebaixamento. O torcedor do Flamengo decidiu aceitar todo tipo de limitação. Quer ajudar. Em troca, espera apenas esforço.
A cautela que Vanderlei Luxemburgo tem exibido, tentando manter equilibrados os sempre bipolares sentimentos rubro-negros, foi perdida logo no primeiro tempo.

Cedo demais, o treinador pareceu perder a crença na formação que ele próprio escolhera. Entendeu que era preciso alterar radicalmente o esquema tático logo aos 24 minutos. Aos nove, o Atlético-MG já abrira o placar em arrancada de Maicosuel após uma cobrança de lateral.

É verdade que o gol se desenhara antes. Diego Tardelli e o próprio Maicosuel haviam encontrado espaços entre os meias e os zagueiros de um Flamengo que, ao perder a bola, não tinha compactação. Ficava oferecido à velocidade do rival.

Mas o rubro-negro, com a bola, não jogava mal. Ocupava o meio-campo e, mesmo sendo tecnicamente inferior ao adversário, tentava, dentro de suas limitações, manter a balança nivelada. O time trocava mais passes do que o habitual. Num destes lances, Luiz Antônio acertou bom chute que Victor salvou. Eram 21 minutos.

Três minutos depois, Luiz Antônio foi sacrificado. Não jogava mal. Aparentemente, era preciso corrigir o posicionamento, não mudar todo o sistema de jogo. Se havia alguém tecnicamente muito abaixo do desejável, era Arthur. Mas ele permaneceu e Nixon entrou. O Flamengo perdeu presença no meio-campo, perdeu a troca de passes. Eventualmente, até assustou: aos 36, uma arrancada de João Paulo terminou em passe para Éverton chutar cruzado e Victor salvar. Na volta, Arthur não aproveitou.

Mas Vanderlei acertaria decisivamente no segundo tempo. Eram 17 minutos quando trocou Arthur e Márcio Araújo por Mugni e Eduardo da Silva. Ganhou qualidade técnica com o croata. Fundamental é que, a esta altura, uma torcida ensandecida já gritava sem parar. E o time passou a correr sem parar. Demorou um minuto até Eduardo sofrer um tolo pênalti de Pedro Botelho. Leonardo Moura, aos 19, cobrou e empatou.

Difícil dizer se o Atlético-MG se sentia acuado por aquele Maracanã que pulsava ou se vivia mais uma etapa de seu recente histórico de atuações acomodadas. Fato é que quem queria, e muito, vencer o jogo era o Flamengo. Aos 25 minutos, João Paulo cruzou e Eduardo da Silva, com uma bonita cabeçada, venceu Victor. Aliviado, o Maracanã já era uma festa rubro-negra com mais de 40 mil convidados.

FLAMENGO 2 X 1 ATLÉTICO-MG

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Data-Hora: 20/8/2014 - 22h

Árbitro: Sandro Meira Ricci (PE)

Auxiliares: Elan Vieira (PE) e Albino Andrade (PE)

Renda e público: R$ 1.113.815,00/37.726

Cartões amarelos: João Paulo, Canteros (FLA); Rafael Carioca, Aléx Silva (ATM)

Gols: Maicosuel, aos 9'/1ºT (0-1); Léo Moura, aos 19'/2ºT (1-1); Eduardo da Silva, aos 25'/2ºT (2-1)


FLAMENGO: Paulo Victor; Léo Moura, Marcelo, Wallace e João Paulo; Cáceres, Márcio Araújo (Mugni, aos 15'/2ºT), Luiz Antonio (Nixon, aos 24'/1ºT), Canteros, Everton; Arthur (Eduardo da Silva, aos 15'/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

ATLÉTICO-MG: Victor, Aléx Silva, Edcarlos, Jemerson, Paulo Botelho e Rafael Carioca (Claudinei, aos 31'/2ºT); Josué, Maicosuel (Luan, aos 20'/2ºT), Dátolo; Tardeli e Jô (André, aos 31'/2ºT). Técnico: Levir Culpi

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